Os robôs estão se tornando os gurus da sociedade da tecnologia. Foi o que ficou evidente em entrevista de dois tecnólogos à BBC, considerando a pesquisa de opinião pública em dois relevantes lances eleitorais, um recente e outro em curso. Apesar da confiança dos pesquisadores na vitória de Hillary Clinton sobre Donald Trump, à Presidência dos EUA, eles estavam equivocados. Segundo os tecnólogos entrevistados, eles pensam que podem bater os pesquisadores, na leitura do humor do público.
É que o processamento da linguagem natural para analisar o humor do Twitter pode apanhar sinais que escapam às pesquisas. Ou seja, a análise de uma postagem na famosa rede social é diferente por um analista e por um robô. Uma realidade que aponta para uma nova sociedade de atitudes previsíveis habitando o Planeta Terra.
Acontece que o robô tem capacidade de analisar o comportamento do público com muito mais amplitude do que se consegue com uma pergunta que pode induzir um viés e, ao mesmo tempo, receber uma resposta politicamente correta, sem levar em conta emoções que explicitam tendências. Bem, mas falando de eleições, com certeza seus resultados poderão também promover surpresas decepcionantes por conta de fatos de última hora.
Ontem foi o último dia de campanha e amanhã os franceses vão às urnas escolher o presidente. Pesquisas de opinião dão a Emmanuel Macron mais de 60% das intenções de voto na disputa com Marine Le Pen. Hoje os jornais estampam a notícia de que ontem diversos supostos e-mails e documentos da campanha de Macron foram divulgados na internet. É que o candidato foi alvo de ataques cibernéticos.
