Apesar do seu desempenho como hub logístico e comercial, no âmbito nacional, o Porto de Suape, que concentra grande parte das exportações pernambucanas, possui desafios para continuar ampliando os negócios com o comércio exterior. É o que aponta o Mapeamento das Exportações, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o custo elevado da operação tem dificultado a atividade exportadora.
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O gerente de desenvolvimento empresarial da Federação, Maurício Laranjeira, afirma que o alto custo logístico se deve ao número de importação ainda ser maior do que o exportado. “Os navios chegam carregados e retornam vazios, pois ainda não há uma regularidade nas exportações aqui no Estado. O desequilíbrio entre a relação de exportações e a corrente de comércio do Estado aliada à baixa concorrência entre os operadores de terminais de carga privado explicam em grande parte os altos custos cobrados pelos operadores do Porto de Suape. Para o futuro espera-se que no médio prazo haja medidas que acelerem o desenvolvimento do Estado colocando Pernambuco em melhor posição nas exportações brasileiras,” explica.
De acordo com a análise, Pernambuco aparece como o terceiro pior do país na relação entre a exportação e a corrente comércio, que é a soma de tudo que é exportado e importado pela unidade federada. Perde apenas para o Amazonas e Distrito Federal, primeiro e segundo colocados, respectivamente. A pesquisa analisou o comportamento das exportações pernambucanas nos últimos cinco anos (2010-2015), e apontou que 64,07% de toda exportação local saiu por Pernambuco. Suape aparece como o principal meio utilizado pelas exportadoras para escoamento da produção, concentrando 37,31% das exportações estaduais. Seguido do Porto do Recife (23,97%), Aeroporto dos Guararapes (2,51%) e Aeroporto de Petrolina (0,27%). O estudo identificou outros canais para escoamento da produção, como o Sudeste que fica com 10,39%, o Sul com 11,73% e o Nordeste, com exceção do estado de Pernambuco, que aparece com 13,22%.
