Foi notícia desta quinta-feira (16/03) de capa da revista americana CNet Magazine que o tetraplégico Arthur Renowitzky pode caminhar solitário, apenas vestindo um exoesqueleto com quadris e joelhos motorizados e utilizando muletas para se equilibrar. Trata-se de uma vestimenta como aquela usada pelo tetraplégico que deu o chute de abertura da Copa do Mundo 2014, no Maracanã, promovido pelo médico brasileiro, neurocientista e palmeirense roxo Miguel Nicolelis. Renowitzky perdeu a capacidade de movimentos em 2007, quando foi baleado no peito por causa de US$ 20 e uma corrente de ouro falso. Esses esqueletos são desenvolvidos também para dar mais força aos soldados em combate e ajudar trabalhadores a levantarem cargas pesadas.
"Ele trouxe lágrimas aos meus olhos por eu poder apreciar o mundo novamente e saber que a tecnologia está avançando tão rapidamente", diz Renowitzky, 29, descrevendo a primeira vez em que ele entrou naquela estrutura de 23 quilos. Trata-se, de fato, de uma experiência de conquista e de vislumbrar um horizonte de mais possibilidades. Cerca de 17 mil pessoas sofrem, por ano, lesões na medula espinhal nos Estados Unidos, de acordo com o National Spinal Cord Injury Statistical Center. E a reabilitação é complexa, perigosa, dolorosa e dispendiosa. Esse equipamento melhora o consumo de oxigêncio, ventilação e frequência cardíaca dos pacientes. Os movimentos reduzem as complicações e torna as pessoas mais saudáveis.
Em ambientes interiores, exoesqueletos terapêuticos são encontrados em hospitais e clínicas de reabilitação, onde ajudam a aumentar a força, a recuperar a atrofia muscular e estimular a circulação sanguínea. Mesmo com as limitações atuais de ter que circular em superfícies sólidas e niveladas , com auxilio de muletas para o equilíbrio, novos matérias, mais leves e resistentes comandados por circuitos inteligentes prometem avanços fantásticos para os exoesqueletos.
Há três anos, quando Juliano Pinto usou um terno controlado mentalmente para dar início à Copa do Mundo no Brasil, ele mostrou ao mundo que esse futuro em que os tetraplégicos terão mais qualidade de vida já é uma realidade. Em pouco tempo, também será possível comprar um equipamento desse por bem menos do que os R$ 300.000,00 do que ele custa hoje. Com certeza.