Sexta, 29 Novembro 2024

A redução dos índices de conteúdo local para exploração de petróleo, anunciada pelo governo, provoca reações em setores da indústria. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) enviou carta com posicionamento contrário à medida, que pode acarretar a perda de 1 milhão de empregos.
O governo reduzirá a média de 50% nos percentuais de equipamentos e serviços produzidos no país, exigidos em licitações de exploração de petróleo e gás.
Para exploração em terra o índice de conteúdo local será de 50%. Nos blocos em mar, o conteúdo mínimo será de 18% na fase de exploração, 25% para a construção de poços e 40% para sistemas de coleta e escoamento. Nas plataformas marítimas, o percentual será de 25%. Atualmente, os percentuais de conteúdo local são definidos separadamente em cada rodada nos editais que são publicados para chamar os leilões.
A Abimaq considera um erro essa adoção sem antes eliminar a assimetria que desonera as importações. César Prata, presidente do conselho de óleo e gás da entidade, em entrevista para o portal Brasil 247, afirmou que os empresários foram convencidos a defender o projeto que alterou as regras de exploração do pré-sal, ampliando a participação de empresas estrangeiras, e que houve a promessa de que a política de conteúdo local não seria alterada.
Prata lembra que Eliseu Padilha, ministro licenciado da Casa Civil, se reuniu com empresários do setor de óleo e gás para discutir a política de conteúdo local, mas, antes disso, o governo já apresentava oportunidades de negócio nos Estados Unidos sem a obrigatoriedade da produção nacional.
A indústria nacional sente-se traída. As federações de indústrias e sindicatos de trabalhadores vão se reunir para definir a mobilização contra a medida.

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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