É o melhor que podemos esperar para 2017. É o que deseja o presidente João Carlos Marchesan, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Ele lamenta que 2016 foi um ano duro, difícil, com problemas além da conta, onde o setor de máquinas e equipamentos chegou ao fundo do poço, registrando uma queda de 57% em relação a 2012. "A notícia é que não nos falta disposição para “brigar” com unhas e dentes para continuarmos nessa travessia. Estudando todo o tipo de alternativa e sugerindo ações em todos os níveis que nos afetam, desde o corte de juros, até o equilíbrio no câmbio, passando por sugestões de conteúdo local, isonomia com importados nos Regimes Especiais e sugestões de ajuste nos marcos regulatórios, em especial do óleo e gás", avisa e reivindica.
Para ele, o debate econômico está excessivamente concentrado no ajuste fiscal, o que é um equívoco. E aponta: "Esta não é condição suficiente para que o Brasil volte a crescer. Na realidade, são necessárias condições que favoreçam a atividade econômica para tirar o País da brutal recessão em que se encontra. Na prática, o setor de máquinas e equipamentos precisa de medidas simultâneas para estimular o crescimento. Não que o ajuste fiscal não seja necessário, mas só ele não resolve o problema do país e do crescimento econômico."
Marchesan diz que a "esperança é que, por meio de todas as reuniões realizadas e através dos estudos apresentados, com propostas factíveis e extremamente práticas, o governo se sensibilize a tomar medidas urgentes para restaurar o emprego no país, por meio da adoção de medidas que possam fazer com que os investimentos voltem a ocorrer, como apoio financeiro para fazer a travessia e, no curto prazo, nós entendemos que a recuperação das atividades está diretamente relacionada aos investimentos em infraestrutura e à ampliação das exportações".