Nos próximos dias o governo Michel Temer pretende, por decreto, renovar os contratos de arrendamento de terminais portuários assinados antes de 1993. A medida dá um prazo adicional de 35 anos, que poderá ser prorrogado até 70 anos.
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, em entrevista nesta semana, afirmou que chegaram a cogitar a possibilidade de não ter nenhum limite de renovação. Há de se questionar com relação a tamanha "boa ação" se o Brasil e a sociedade vão também ser beneficiados. Por exemplo: quantos postos de trabalho serão abertos? Quais as novas tecnologias que serão adotadas para que impeçam novos passivos ambientais? O que as empresas arrendatárias investirão nas cidades?
Toda a iniciativa do governo precisa, necessariamente, ter a contrapartida positiva para o conjunto da sociedade brasileira. Que os negócios do mercado mundial e seus atores progridam também aqui em solo tupiniquim, mas sem que precisemos valer de ações selvagens e fora do contexto da sustentabilidade e da justiça social.
