Empresas da cadeia produtiva naval e offshore unem esforços para tentar assegurar a manutenção de índices de conteúdo local que permitam ao setor voltar a singrar as ‘águas’ do crescimento econômico. É o que está em destaque na revista, de dezembro último, da TNPetróleo.
* Confira a revista e a reportagem, na íntegra, aqui
Segundo a publicação: "Na batalha, em que os operadores usam todos os recursos possíveis para reduzir custos de projetos estratégicos, como as plataformas de produção de petróleo e gás, enquanto estaleiros e fornecedores de equipamentos e serviços lutam para manter no país projetos que consomem bilhões de reais e geram empregos em larga escala, ninguém quer dar ‘um tiro na água’. Enfrentando-se nas turbulências de uma economia em crise, acirrada pelos preços baixos do petróleo, as duas partes dessa contenda devem tomar cuidado com a estratégia que pretendem seguir para evitar que, na ânsia de avançar na guerra, acabem por ‘torpedear’ a indústria nacional e o País."
A matéria especial aponta ainda: "Por ironia do destino, no mesmo dia em que, literalmente do outro lado do mundo, em Cingapura, era batizado o FPSO Pioneiro de Libra, construído pelo estaleiro Jurong, mobilizando mais de 16 milhões de homens/horas trabalhadas e investimentos da ordem de um bilhão de dólares, no Brasil, lideranças do setor naval e offshore pleiteavam em Brasília, junto ao governo federal, que o conteúdo local não seja lançado nas águas do esquecimento."
O setor reivindica: "Ou melhor, que o recurso do perdão previsto nos contratos de concessão de blocos, relativo ao conteúdo local dos projetos, desde a exploração à produção, não se torne uma ‘regra’ sob a alegação de que a cadeia produtiva instalada no país não tem condições de atender a demanda de todas as etapas e construção de uma plataforma, com custos competitivos e nos prazos determinados. Pior ainda: que o perdão não se torne um ‘torpedo’ contra a indústria nacional sob a alegação de que é o único caminho para agilizar a produção em larga escala do pré-sal."
É importante que se atente ao clamor do setor produtivo nacional, onde os empregos são gerados, onde o País tem a chance de se desenvolver em termos de inovação e tecnologia. Em pleno século XXI, o Brasil não pode se contentar a voltar a ter um papel apenas coadjuvante na economia mundial. Pior: achar que só ele comete o "pecado" da usura e da corrupção e que, por isso, precisa se autoflagelar eternamente. Precisamos defender o Brasil.