A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos (Conttmaf) alerta a Marinha para o risco com a redução de tripulantes em embarcações da Transpetro. A entidade denunciou a significativa redução de tripulantes em navios brasileiros, em especial na Transpetro e no segmento offshore (apoio à atividade de prospecção e exploração em alto mar).
Essa redução de pessoal, conforme a confederação, vem ocorrendo sem que nenhuma nova tecnologia ou processo tenha sido adotado ou incorporado pelos armadores (companhias de navegação), o que coloca em risco a segurança das tripulações, dos navios e da própria navegação. "Os armadores têm ciência de que o número mínimo de tripulantes não bastam para operar e conduzir as embarcações com o mínimo de segurança, principalmente nas embarcações mais antigas”, adverte o presidente da Conttmaf, Severino de Almeida Filho. Tal advertência tem sido feita pela entidade sindical desde 2016.
A confederação reivindica, em seus comunicados, uma aferição com sua participação, dos chamados Cartões de Tripulação e Segurança (CTS), documento expedido pela DPC determinando o número de tripulantes que um navio deve ter. Sugere ainda que a Marinha adote um mecanismo de consulta tripartite para a análise e revisão dos CTS, no qual a entidade sindical e os armadores possam apresentar justificativas antes de qualquer decisão que estabeleça ou reduza número de tripulantes à bordo.
Importante, nesse caso, que seja aberto um diálogo, porque ambos, Conttmaf e Marinha, têm boas e importantes responsabilidades à navegação nacional. Uma boa conversa sempre resolve.