A Calico Labs, empresa de pesquisa e desenvolvimento do prolongamento de vida, apoiada pelo Google e a gigante farmacêutica AbbVie, está estudando uma colônica de ratos, conhecidos como ratos do deserto, para desvendar os segredos do envelhecimento. Por que as pessoas de idade perdem a agilidade?
A empresa tem um orçamento robusto para lidar com essas questões: U$ 1,5 bilhão. Essa pesquisa é cara, pois o estudo do envelhecimento é notadamente demorado. Afinal, para estudar como um animal envelhece é preciso envelhecer também. Isso significa mantê-lo vivo anos a fio.
Com certos tipos de ratos, esse tempo se reduz somente a um ano, um ano e meio a dois. A empresa já fez parcerias com empresas e institutos especializados para encontra um código de envelhecimento no sangue, fezes ou urina de 1.000 camundongos. Apenas a alimentação desses ratos poderá custar US$ 3 milhões, segundo informação do famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts - MIT, também participante da pesquisa. Isso não inclui a habitação, mudanças de gaiolas e pagar pelas experiências e testes para procurar uma molécula que poderia dizer aos cientistas quando um animal está envelhecendo e quando uma intervenção está atuando para retardar ou reverter esse processo.
Há espécie de ratos que é interessante para estudar quando se trata de envelhecimento. Eles duram até 30 anos, muito mais que outros pequenos mamíferos e também são ( relativamente) resistentes ao câncer. Se essa constatação mostra que genes de espécies diferentes mudam a vida útil do rato, no entanto, há claramente muito mais acontecendo quando se trata de envelhecimento do que apenas genética.
Não existe perspectiva de alguma resposta à pergunta de como envelhecer sem perder a agilidade, antes dos próximos 10 anos. Entretanto, o que se busca é de grande relevância para a humanidade. Com certeza, nesse tempo muita coisa virá à luz para dar mais qualidade ao envelhecimento e tornar mais ágil a mobilidade do mundo.
