Estimativa da Secretaria de Energia e Mineração paulista é que o Estado passe a ser o segundo maior produtor nacional em 2017.
O mais recente Sumário Executivo de Petróleo e Gás Natural divulgado nesta quinta-feira, 15 de dezembro, pela Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo aponta um aumento de 15,4% na produção de petróleo e gás natural de setembro, em relação ao mês anterior. Com esse crescimento, o Estado atinge o seu recorde de produção totalizando 432,4 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), o que representa 12,8% da produção brasileira.
São Paulo registrou um aumento de 57,7 mil boe/d entre agosto e setembro, devido ao aumento da produção dos campos de Mexilhão e Sapinhoá, mantendo a terceira colocação no ranking nacional, atrás do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
“O Estado de São Paulo é o maior consumidor de petróleo e gás natural do Brasil. Nossa previsão é que o Estado se torne o segundo maior produtor do país em 2017”, disse o secretário paulista de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
Em setembro, a produção paulista de gás natural alcançou o recorde de 18,5 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), que corresponde a 16,7% da produção nacional. Já a produção de petróleo atingiu o recorde de 316,3 mil barris de petróleo por dia (bbl/d), o equivalente a 11,8% da produção brasileira.
Da produção paulista de petróleo e gás natural, realizada na Bacia de Santos, 110,3 mil boe/d são extraídos no pós-sal e 322,1 mil boe/d no pré-sal. Os campos de Baúna, Mexilhão e Sapinhoá representaram 98,5% da produção do Estado, sendo o último foi responsável por 74,5% de toda produção.
A produção paulista é operada predominantemente pela Petrobras, seguida por Shell e Repsol Sinopec.
Produção brasileira
A produção nacional de petróleo e gás natural atingiu em setembro 3,4 milhões de boe/d, predominantemente originada nas bacias de Campos com 1,7 milhão de boe/d e de Santos com 1,3 milhão boe/d.
O petróleo registrou uma produção de 2,7 milhões de bbl/d, já o gás natural atingiu 110,4 milhões m³/d. Ao todo, 43,5% foram produzidos no pré-sal (1,5 milhão boe/d), 47,7% no pós-sal (1,6 milhão boe/d) e 8,8% em terra.
Os números são dignos de festa para a Shell e a Respol Sinopec mas, para o povo brasileiro, outros fatores entram no balanço.
Depois do Congresso aprovar o fim da exclusividade da exploração do petróleo e gás do pré-sal pela Petrobras, para onde vão os recursos dessa riqueza, ainda mais agora, quando o Senado acaba de aprovar Projeto de Emenda à Constituição (PEC 55), que congela investimentos públicos por 20 anos?
Talvez o Meirelles estadual, como o federal, não queiram responder.