Os portuários de todo o Brasil ameaçam parar a movimentação nos portos no próximo dia 30. A pauta sindical contém dez itens, entre o cumprimento da Lei 12.815/2013 quanto à retomada dos trabalhos de fórum permanente sobre qualificação do trabalhador portuário; contra a extinção do fundo previdenciário da categoria, o Portus; contra a terceirização da Guarda Portuária e das administrações portuárias.
* Leia aqui documento dos sindicatos portuários do Pará
Os portos nacionais também se juntam à luta geral dos trabalhadores brasileiros contra o negociado sobre o legislado, a expansão da terceirização à atividade-fim, a alteração de direitos constantes na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a mudança nas regras da aposentadoria, como a implantação de idade mínima para receber o benefício aos 65 anos de idade para homens e mulheres.
O País, não há dúvida, não está pacificado depois de concluído o processo de impeachment. A cada dia novos escândalos são descobertos. O governo afasta-se da mesa de negociação com o setor sindical dos trabalhadores, tornando ainda mais difícil qualquer possibilidade de diálogo. A engenharia nacional reclama ter sido preterida de ter acento na reativação do chamado "Conselhão", que reúne apenas empresários e governo para tratar de desenvolvimento.
O Brasil está numa encruzilhada: ou trilha o caminho do desenvolvimento com justiça social, o que permite uma média de ganhos para todos, assim como entra de vez no mundo da ciência, da tecnologia e da inovação; ou terá uma triste volta ao passado, perdendo tudo o que conquistou até hoje.