Os exportadores brasileiros se tornaram alvo de um ataque de medidas de defesa comercial ao redor do planeta. Somente neste ano foram implementadas 14 novas barreiras contra produtos feitos no Brasil e existem mais 20 investigações em curso.
O aumento expressivo de novos casos elevou o número de produtos nacionais afetados por sobretaxas para 31.
Em 2010, 9 itens sofriam barreiras, conforme o ministério da Indústria, Comércio Exyterior e Serviços (Mdic).
"O que estamos sentidno agora é apenas o início do processo 2017 e 2018 serão anos de intensa pressão contra os exprotadores brasileiros", diz Welber Barral, sócio do Barral MJorge Advogados, um dos escritórios mais atuantes no assunto.
As empresas brasileiras estão sendo investigadas e punidas por suposta prática de dumping - que é vender abaixo do preço praticado no mercado local - e por receber subsídios do governo.
As acusações se intensificaram depois que a recessão no Brasil derrubou as vendas domésticas, forçando as empresas a ir para o exterior. A desvalorização do real também favoreceu a exportação.
Os exportadores brasileiros, no entanto, encontraram um mercado extemamente competitivo e tiveram que baixar preços. De acordo com a OMC (Organização Mundial do Comércio) o comércio internacional vai crescer apenas 1,7% neste ano.
Dois anos atrás, antes da recessão local começar, a situação era muito diferente. As empressas pediam proteção ao governo contra a "invasão do mercado interno e o Brasil se tornou um dos países que mais aplicava tarifas antidumping no mundo.
As barreiras contra produtos brasileiros estão sendo adotadas por diversos países: Estados Unidos, Austrália, Tailândia, Índia, membros da União Europeia e até a vizinha Argrentina, entre outros.
Fonte: Folha de São Paulo