Mais sinais, e esses não em fumaça, indicam a configuração portuária que se avizinha. Não mais a excelência dos portos da região até então mais desenvolvida do País, Sudeste, monopolizará as rotas comerciais para o movimento de produtos – commodities ou manufaturados. Eis que chega o momento do desenvolvimento também “atracar” ao Norte e Nordeste brasileiro. Especialistas, aqui neste Portogente, falam, sobejamente, na potencialidade dos complexos portuários que ou estão sendo construídos ou expandidos nessas duas regiões. O comércio brasileiro e mundial passará por eles cada vez mais e com ganho de produtividade e competitividade.
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Em final de março passado, por exemplo, foi inaugurada a primeira fase das obras do Ecoporto Praia Norte – Operações Portuárias e Serviços Logísticos S.A., em Praia Norte, no Tocantins. A empresa Eurolatina é a proprietária do empreendimento. As obras consistem em arruamento e terraplenagem do condomínio portuário, rampa para troca de modal e portaria com balança automatizada.
“A partir de agora, dentro do estado, produtos podem ser transportados mais à montante do Rio Tocantins, diminuindo o trajeto rodoviário e aumentando o percurso hidroviário. Através do rio, poderão sair grãos do Tocantins e entrar produtos da zona franca de Manaus”, destacou Adalberto Tokarski, diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O porto fluvial Ecoporto é o primeiro a ser autorizado pela Antaq, naquele estado. O Ecoporto está localizado em Praia Norte, com área total de, aproximadamente, 744.011m², na margem esquerda do Rio Tocantins, a cerca de 700km de Palmas, 70km de Imperatriz (MA) e a 200km de Marabá (PA).