Sexta, 19 Abril 2024

Duas grandes obras irão mudar o atual quadro do comércio marítimo: a ampliação do centenário Canal do Panamá, a ser inaugurada em dezembro deste ano, e a construção do Canal da Nicarágua, iniciada em dezembro de 2014.

A expansão panamenha vai aumentar em 10 a 12 navios diários o atual movimento de 40 embarcações que atravessam os seus quase 80 quilômetros nas 24 horas dos 365 dias do ano. O da Nicarágua deve ter 278 quilômetros de extensão, e sua inauguração está prevista para 2020. A estimativa é de que este último comporte navios de até 25 mil contêineres, contra o de 13 mil que passa pelo Panamá. Mais longo, largo e profundo que o do Panamá, o megacanal nicaraguense está sendo construído por um consórcio liderado por uma empresa chinesa.

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De fato esse conjunto de supervias ligando o Atlântico ao Pacífico vai mudar a geopolítica do Continente e especialmente da América do Sul. A presença chinesa vai ser intensificada na região na criação e troca de valores. As cargas que irão atravessar essas duas interligações oceânicas irão atender, em algum lugar, alguém que lhes de valor. Como diria o decapitado Sir Walter Raleigh, aventureiro, poeta e favorito da Rainha Elizabeth I:”Quem domina os mares domina o comércio, quem domina o comércio do mundo, domina as riquezas do mundo, e, por conseguinte, o próprio mundo."

Uma passagem chinesa a poucos quilômetros da costa americana, cortando ao meio o continente americano, vai intensificar o transporte responsável pelas cargas e vai lançar luz sobre as atividades comerciais à sua volta.

Agilizar a logística (frete) do petróleo venezuelano para a China é uma das estratégias desse caminho marítimo. E quais os reflexos na costa brasileira? De largada, podemos afirmar que a Vale e Petrobrás serão beneficiadas. Provavelmente, as duas empresas chinesas que fazem parte do consórcio liderado pela Petrobras que venceu os direitos para explorar as maiores reservas brasileiras de hidrocarbonetos sejam parte desse contexto.  O Brasil é o primeiro em investimentos chineses na América Latina.

Navio
O novo tipo de navio, o Triple E, que comporta, aproximadamente, 18 mil contêineres é uma das vantagens competitivas do novo canal. Depois de pronto o panamenho comportará, no máximo, os navios New Panamax, que carregam 12,5 mil contêineres. Sem sombra de dúvida, esses cenários de ligações mais amplas do Atlântico ao Pacífico sinalizam uma mega escala no comércio da Ásia e das Américas.

Para participar e ser competitivo nessa futura realidade, o Brasil precisa ter habilidade para dominar toda a sua escala de produção: movimentar matérias-primas, produtos semi-acabados e acabados eficiente e economicamente. E também terá que receber produtos com produtividade, eficiência e custos portuários efetivos. Caso contrário, outras regiões poderão ser favorecidas e desenvolvidas. A escala do comércio vai exigir um processo muito ágil.

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