O jornalista Mauro Santayana, da velha e boa guarda, em seu blog, escreveu um contundente artigo – Quanto vale a Petrobras – para os que não têm preguiça de ler e refletir. Segundo ele, “o adiamento do balanço da Petrobras do terceiro trimestre do ano passado foi um equívoco estratégico da direção da companhia, cada vez mais vulnerável à pressão que vem recebendo de todos os lados”.
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Ele pergunta: “O que importa mais na Petrobras?” E responde com outra questão: “O valor das ações, espremido também por uma campanha que vai muito além da intenção de sanear a empresa e combater eventuais casos de corrupção e que inclui de apelos, nas redes sociais, para que consumidores deixem de abastecer seus carros nos postos BR; à aberta torcida para que “ela quebre, para acabar com o governo”; ou para que seja privatizada, de preferência, com a entrega de seu controle para estrangeiros, para que se possa — como afirmou um internauta — “pagar um real por litro de gasolina, como nos EUA”?”
Numa defesa intransigente, Santayana afirma que, para quem investe em bolsa, o valor da Petrobras se mede em dólares, ou em reais, pela cotação do momento, e muitos especuladores estão fazendo fortunas, dentro e fora do Brasil, da noite para o dia, com a flutuação dos títulos derivada, também, da campanha antinacional em curso, refletida no clima de “terrorismo” e no desejo de “jogar gasolina na fogueira”, que tomou conta dos espaços mais conservadores — para não dizer golpistas, fascistas, até mesmo por conivência — da internet.
Para os patriotas, prossegue, e ainda os há, graças a Deus, “o que importa mais, na Petrobras, é seu valor intrínseco, simbólico, permanente, e intangível, e o seu papel estratégico para o desenvolvimento e o fortalecimento do Brasil”.
Portogente acredita que duas perguntas devam ser respondidas em todo o imbróglio, verdadeiro ou falso, em que envolveram a Petrobras: A quem interessa a esculhambação da petrolífera brasileira, que tem sob sua guarda o pré-sal, uma das maiores reservas do mundo do combustível fóssil? E a quem interessa manter a maior empresa nacional nas mãos dos brasileiros e revertendo boas somas à área de educação, por exemplo?