Demonstrando sabedoria, a presidenta Dilma Rousseff, em outubro de 2013, afirmou, numa atividade em Maringá, no norte do Paraná, que o Brasil tem os dois itens mais importantes do século XXI, energia e alimento. Para ela, é preciso trabalhar para usufruir disso, principalmente, quando se fala da questão logística. “Da porteira pra dentro, a questão está resolvida, a capacidade tecnológica da indústria, o empreendedorismo. Da porteira para fora, é a questão da logística. As rodovias são importantes porque são estratégicas pra produção agrícola, como a estrada boiadeira, a BR-487, que terá um trecho de 133 km pavimentado”, afirmou à época.
Dilma precisa olhar ainda mais no horizonte e vai perceber que, no caso dos portos, a questão da logística é dos muros portuários para fora. Porto não é local de armazenagem de produtos agrícolas. Essa é uma questão para os centros produtores solucionarem. Não podemos transformar os nossos portos em estacionamento de carretas, de contêineres, improdutivamente utilizadas como silos.
Portos, como o de Santos, têm velocidade na sua estrutura física de escoamento para ter alta produtividade. Entretanto, ainda é necessário buscar também essa eficiência na tramitação da documentação para liberar a mercadoria para exportação. Apesar da resistência que provoca a morosidade burocrática, o problema maior é mesmo a falta de armazenagem para poder regular o escoamento da safra.
Neste vídeo, Dilma fala que o Brasil tem déficit de armazenagem
