O baixo índice de execução das obras planejadas pelo Governo Federal nas estradas brasileiras vem piorando cada vez mais a competitividade do País. Nas regiões Norte e Nordeste, o percentual de verba aplicada gira em torno de 1%. A situação não é muito diferente no Sudeste, região que tem R$ 821,3 milhões disponibilizados para obras em 2013, mas somente R$ 17 milhões foram pagos até o final de junho. Os dados são do site Contas Abertas.
A BR-163, que dá acesso ao Porto de Santarém, está sempre repleta de atoleiros
A liberação de verba para investimentos por parte do Ministério dos Transportes demonstra lentidão, em grande parte, devido à investigação das denúncias de corrupção no órgão divulgadas em julho de 2011. O Tribunal de Contas da União (TCU) vem exercendo grande controle para evitar novas denúncias de pagamentos de propina na área de transportes, que há dois anos afastou o então diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, filiado ao PR.
Em relação ao total da verba destinada a obras rodoviárias, ferroviárias e hidroviárias, o Dnit utilizou somente R$ 3,2 bilhões dos R$ 13,5 bilhões autorizados em orçamento para este ano, um índice de 23,6% de aproveitamento.