Corajosa. Foi assim que algumas pessoas do mundo portuário definiram a posição do ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, em falar que vai mudar o sistema de condução e atracação de embarcações nos portos, conhecido como praticagem, já a partir do próximo ano. Muitas dessas pessoas preferem não dar opinião agora. Querem ver o barco correr.
A notícia já atravessou o oceano Atlântico. Aportou em terras de Cabral. O Portugal Digital, site de informação e comunicação empresarial Luso-Brasileira, repercutiu a informação distribuída pela Agência Brasil, do governo federal.
O argumento do governo brasileiro, e reproduzido no site, é o de que o objetivo da medida é diminuir os custos da operação, que atualmente é monopolizada em cada porto do país por cooperativas de práticos. “O governo federal quer aumentar a concorrência, com mais pessoas treinadas para conduzir os navios”, diz a notícia.
Declarações de Pedro Brito são reproduzidas pelo site Portugal Digital: "Uma das nossas preocupações são os custos de operações. Nós comparamos os nossos portos com os vários portos do mundo e vimos que temos custos maiores, e a praticagem representa quase a metade desses custos. E por que o custo é elevado? Porque é um monopólio”.
Por falar em custos, o que a Secretaria Especial de Portos tem a dizer sobre o serviço de rebocadores nos portos?
Em recente visita aos portos da Bélgica e da Holanda, delegação de sindicalistas do Porto de Santos pôde verificar que no Porto de Antuérpia (Bélgica) o serviço de rebocadores é feito pelo próprio porto. Aliás, a atividade de rebocagem é muito mais estratégica do que a praticagem em termos de custos e serviços, e no caso de ser do porto a decisão.