A troca de comando político dos portos nacionais, passando das mãos do PT para o PSB de Ciro Gomes, teve mais um lance. Foi nesta terça-feira (30), em Santos. A Cia. Docas de Santos, a Codesp, tem um novo Conselho de Administração (Consad). Sai o petista de carteirinha Paulo de Tarso Carneiro, que leva em seu “currículo” à frente do conselho a assinatura do polêmico aditivo da Localfrio; e entra o secretário-adjunto da SEP, o engenheiro José Roberto Correia Serra.
Nunca é demais destacar algumas das atribuições do Consad, segundo o artigo 142, da Lei nº 6.404/76, no momento da troca de comando, como:
I – Fixar a orientação geral dos negócios da companhia;
II – Eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dispuser o estatuto;
III – Fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da cia., solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos.
Fazem parte, ainda, do novo Consad: Duvanier Paiva Ferreira, representante do Ministério do Planejamento; Hermes Anghinoni, indicação dos empresários; Octávio Luiz Bertacin, representando os acionistas minoritários; e João de Andrade Marques, representando os trabalhadores. José Di Bella Fillho, presidente da Codesp, também participa do Conselho.
Por seu papel deliberativo e autorizativo, o Consad define o curso do desenvolvimento e do desempenho do porto. É fácil perceber que o Consad da Codesp não tem característica regional. Desconsiderar a importância do porto regional é uma insistência nefasta. Significa um porto desconectado com o desenvolvimento da sua região.