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Sem sombra de dúvida, o advogado André Bonini, indicado pela Autoridade Portuária de Santos (APS) para gestor interino do Porto de Itajaí (SC), tem currículo para o cargo e pode construir caminhos para que haja interação entre os desejos dos governos federal e o municipal. Além da área portuária, um resultado de gestão exitosa poderá turbinar a popularidade do presidente Lula da Silva, na região. Trata-se de um porto líder em movimentação de contêineres, com papel importante na exportação da produção do Estado e crescimento da economia nacional.
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Ao contrário de ser uma afronta à Santa Catarina, essa intervenção do porto paulista no ágil porto catarinense precisa ser um alinhamento benéfico no tratamento dos desagravos políticos. Pois, na última gestão do PT, perdeu-se o prazo de renovação da concessão e, por isso, a atividade portuária ficou sem operação por dois anos. Decerto, os objetivos atuais devem ser alinhados com metas nacionais, desenvolver a economia local e gerar empregos.
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Esse processo deve evoluir no sentido de otimizar, principalmente, a movimentação de contêineres e suscitar uma revisão conceitual da gestão do porto e o desenvolvimento regional. Atualização que convém abarcar muitos portos brasileiros. Por tudo isso, Bonini precisa expor seu ponto de vista sobre a própria indicação, como uma missão, e o quanto poderá ser útil ao Porto de Itajaí. Certamente, convicto de ter que enfrentar forte contestação à sua indicação.
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Corresponder adequadamente aos interesses do Porto de Itajaí implica o engajamento da atuação de cada segmento numa só direção. Politicamente, há um forte confronto de linhas bolsonarista e lulista. Entretanto, está em jogo o que o governo pode e deve fazer numa sociedade pluralista. O setor produtivo decide com foco nos bons resultados e, neste caso, o governo não é o único meio de administrar o porto.
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André Bonini tem competência para efetivar o diálogo, a informação e, portanto, fomentar o consenso necessário para implantar uma proposta de gestão portuária em Itajaí, que atenda aos interesses de Santa Catarina e do Brasil. Comercialmente, será favorecida uma importante hinterlândia com potencial para o comércio e consequente crescimento econômico. Em última análise, terá que demonstrar que esta solução do governo Lula é conveniente ao progresso nacional.
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