A China, cavando uma nova Rota da Seda através da América do Sul, começa ainda nesta década a abalar as tradicionais rotas do comércio marítimo brasileiro.
Dois vendedores de calçados chegam à África. População descalça. Um fica decepcionado, ninguém usa sapatos. Outro fica maravilhado com o enorme potencial desse mercado. “Velha história... e daí?” Ora, qual é a posição do Brasil em relação àquele continente? Esperar que a China - que já abriu os olhos faz tempo - tome conta de tudo? Ou calçar as chuteiras para o jogo, estudar as regras e vencer o campeonato?
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E para quê iniciar mais essa frente de trabalho? Bem, o que temos? Um Mercosul que não desenrola, uma Europa que não sabe o que quer, a dupla Trumputin ameaçando o Brasil se desobedecermos... e os ‘niños’ do clima global detonando as crises climáticas (previstas décadas atrás), enquanto os grandes interesses mundiais fecham os olhos às tragédias agora diárias.
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E mais: a China, cavando uma nova Rota da Seda através da América do Sul, começa ainda nesta década a abalar as tradicionais rotas do comércio marítimo brasileiro. Nada deles contra nós, mas “negócios são negócios”...
No cenário interno, uma economia que só cresce de madrugada, enquanto os dirigentes dormem, exaustos de tanto ajustar firulas no fatiamento do poder para seus próprios interesses. “Emendas Pix”? Isso é tratar seriamente do interesse nacional, nobre senador/deputado? É o fim da ‘pixcada’!! Os brasileiros querem ficar inertes, apreciando tal paisagem?
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Somos o país do agronegócio (pelo menos isso!). Nossos ‘chips’ são de batata frita (com tecnologias importadas, claro! Nossos cientistas só têm valor lá fora...). Enquanto o mundo cria Inteligência Artificial, Metaverso, Tecnologia em Gravidade Zero, Internet das Coisas, computadores quânticos e veículos sem motorista/piloto, continuamos exportando ‘commodities’ com valores ditados lá fora.
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Que orgulho, exportar soja em vez de óleo de soja, que incorporaria mão de obra nacional e os ganhos associados ao processamento, valendo exatamente o dobro! Vender pelo menos VINTE E TRÊS toneladas de minério de ferro (US$ 105/t) para comprar apenas UM celular topo de linha (US$ 2.500) – que o latrocida troca por um ‘pino’ de cocaína, virando a esquina!
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Voltando ao exemplo inicial: quantas ilhas de grande prosperidade existem hoje na África? Que modernissimas tecnologias são desenvolvidas lá? Que produtos brasileiros teriam grande mercado lá (além dos sapatos...)? Que podemos fazer para efetivamente conquistar um mercado situado na outra margem do mar... Atlântico? Retornaremos ao assunto, com mais detalhes...
A questão é que o ser humano se acomoda. “Não mexa em time que está ganhando”... até a casa cair, momento de trocar o técnico “prestigiado” e o jogo recomeçar... tentando alcançar, quando muito... – um empate?
Londres? Paris? New York? Não: Qasr al-Nil Bridge, Cairo/Egito!
Foto: Frank Schulenburg – Wikipédia Commons