Reorganiza-se o espaço, recriam-se as regiões, redefinem-se as diferenciações regionais (Milton Santos)
Quando recém assumiu o novo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, convém refletir os fatores de desenvolvimento portuário e respectivas prioridades, focando o Porto de Santos. Com prazo apertado para realizar seu projeto político, de pouco mais de três anos de gestão, preferiu cancelar a proibição de terceirizar a Guarda Portuária. Entretanto, tem importância especial o arranjo e a produtividade dos fluxos portuários. Ou seja, a adoção de novo paradigma para as estratégias competitivas essenciais.
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Nesse contexto, qual a importância de um projeto regional de hidrovias como logística do Porto de Santos? Tema há muito debatido, sem profundidade técnica nem política para induzir o posicionamento devido do governador do Estado de São Paulo. Atualmente, Tarcísio de Freitas ameaça o projeto das Hidrovias da Baixada Santista com obras sem contexto regional. Cabe uma resposta da Agência de Desenvolvimento dessa região metropolitana, a Agem.
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A unitização num crescendo das movimentações portuárias com os contêineres e a inovação pela tecnologia digital estabelecem, também, uma nova fase de desenvolvimento espacial. Agilidade, controle e eficiência, como um processo de desenvolvimento regional do porto. Uma complexidade logística que implica crescimento de interação dos fluxos com a capacidade dos corredores e das cidades.
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Essas questões dizem respeito às visões de sustentabilidade, social e governança pelos diferentes níveis de governo. Resultados com soluções de menor impacto ao ambiente, geração de trabalho e riqueza, bem como aplicar o dinheiro público com transparência e produtividade. Decerto, o que se assiste é distante do discurso necessário à inteligência das coisas e das ações. Por que se cala o governador de São Paulo sobre o projeto das hidrovias da Baixada Santista?
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O governo de São Paulo é impactado pela atividade do Porto de Santos e tem papéis político e estrutural que afetam a competitividade portuária. No âmbito das decisões urgentes do principal porto do Brasil, os próximos três anos são um período curto, sem margem para desaforos.