Cerca de 160 trabalhadores da PortoFer Transporte Ferroviário, ligados ao Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), estão em estado de greve. O motivo, segundo o presidente do Sintraport, Robson Apolinário, é o descumprimento de um acordo coletivo de trabalho negociado entre a entidade e a empresa em março do ano passado, ou seja, há mais de um ano.
O estado de greve foi decretado em uma reunião - "e não assembléia", reforça Apolinário - na última terça-feira (8). Em rápida conversa com o Dia-a-Dia PortoGente, o presidente do sindicato lamentou o fato da Portofer não ter atendido as últimas solicitações e evitado o impasse. "Assim, dentro do trâmite da Lei de Greve, chamaremos uma assembléia através de edital, formulando o aviso à empresa e aos usuários. Só não temos a data prevista, ainda, porque a empresa não entrou em contato”.
De acordo com Apolinário, para a greve não ser realizada, a Portofer terá que atender as reivindicações. "E são reivindicações, não são negociais. Estamos apenas cobrando que se cumpra o acordo feito”.
As principais cláusulas do acordo reclamadas pelos operários dizem respeito ao salário do substituto igual ao do substituído e adicionais de 15% e 20% com reflexos nas férias e 13º salário. Eles lamentam o pagamento de horas extras com atraso de até dois meses. A data-base dos trabalhadores é março e os salários variam de R$ 600 a R$ 1,1 mil.
Apolinário lembra que uma possível paralisação dos trabalhadores de máquinas e manobras ferroviárias poderá ter “reflexos em todas as atividades do porto”, destacando a importância dos serviços executados pelos envolvidos.