“Um planejamento de longo prazo é essencial para as autoridades portuárias e os operadores de terminal, para garantir operações comerciais suficientes para os objetivos básicos de longo prazo da organização.” Port Business (Jurgen Sorgenfrei)
Quem acompanha o universo portuário percebe que os portos brasileiros estão, impropriamente, em patamar inferior ao dos melhores do mundo. Por causa dos nossos gargalos portuários, nossa forte economia exportadora perde oportunidades. Para não frustrar a urgência de implantar produtividade sustentável na movimentação do nosso comércio marítimo nos portos, a reforma portuária, em curso, precisa recalcular a sua rota.
Editorial
* A reforma portuária a partir do Porto de Santos
No caso de Santos, no litoral paulista, cuja proposta do Ministério da Infraestrutura (MInfra) finda seu prazo no segundo semestre de 2022, convém refletir o artigo de Carlos Eduardo Bueno Magano, engenheiro com extenso e denso currículo por mais de 30 anos no Porto de Santos, publicado pelo Portogente. Demonstra como deve ser a reforma do complexo portuário santista para maximizar a sua competitividade, em três eixos: agilidade, expansão e atratividade de investimentos.
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* Futuro incerto no Porto de Santos
Com análise estruturada, Magano aponta conflitos conceituais no processo de desenvolvimento de um porto, como no de Santos. Equívocos que inviabilizam soluções para limites de acessos terrestre e marítimo que atendam às exigências do comércio. E pergunta: “como resolver essa questão quando se está circunscrito às outorgas limitadas às poligonais ou às concessões ferroviárias?” E isto mata o futuro.
Editorial
* Portos do Paraná fazem reforma para não mudar
A reforma deve focar o Porto do Futuro de Santos. Doravante, convém que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico - BNDES, que desenvolve o projeto de desestatização, não desconheça essa realidade alertada por Magano, para não barrar a expansão do principal porto do Hemisfério Sul. Um desenvolvimento que, com planejamento e engenharia avançados, poderá mais do que dobrar a movimentação atual, nos próximos 50 anos. .
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* Falta governança asiática nos portos
De tudo, o que é posto para o Porto de Santos é extremamente útil para os demais portos do processo de desestatização. Afinal, o que está em foco é melhorar os acessos aos portos e aumentar as suas produtividades. Ou seja, o progresso do Brasil.