O porto do futuro será uma conexão digital vital em várias cadeias - muitas das quais já se tornaram predominantemente digitais
No dia 29 de outubro último, no webinar promovido pela Câmara de Comércio Brasileiro-Americana da Flórida (Baccf), o secretário-Executivo do Ministério da Infraestrutura (MInfra), Marcelo Sampaio, fez uma “previsão de R$ 250 bilhões de investimentos privados até 2022”. No Dia de Finados, 2, na live do jornal Valor Econômico, o presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia voltou a criticar o rumo da economia do Brasil: “Estamos caminhando a passos largos para o precipício.”
Porto de Santos, no litoral paulista, foi inserido no rol de privatizáveis do governo. Crédito: Portogente.
Da Redação
* O Porto de Santos pode funcionar melhor
Um país da dimensão e de tantas oportunidades como o Brasil, mesmo em crises política e econômica, conta com uma estrutura de governabilidade sólida. Por isso, é atrativo para investimentos. E tem enorme potencial de crescimento. Neste cenário, está em processo prioritário de desestatização os portos de Vitória, no Espírito Santo, Itajaí, em Santa Catarina, e um dos mais importantes ativos nacionais, o Porto de Santos, no litoral paulista. Numa conjuntura de custo de oportunidade baixo para esses portos.
Editorial
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O ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas realiza uma gestão com excelentes resultantes. Todavia, a privatização do porto de Vitória, apresentada como paradigma, é um fracasso anunciado, com custo alto para a nação. Assim sendo, aumenta a apreensão em relação à desestatização do Porto de Santos, de complexidade muito maior. Sem, contudo, desacreditar a possibilidade de sucesso.
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Sem portos eficientes, será impossível reverter a situação econômica dramática do Brasil. É sobejamente conhecido que a estrutura portuária é estratégica para o desenvolvimento de toda a sua zona de influência, através da integração da produção nacional às cadeias de abastecimento internacionais do mundo. Urge, assim, que se implante o porto do futuro, com tecnologia, para ter velocidade, eficiência e confiabilidade dos fluxos de transporte.
Editorial
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Esse porto do futuro tem que ter administração descentralizada, autonomia no planejamento, regulação e fiscalização da atividade portuária. Inclusive o poder de negociar áreas e valores a serem pagos para atrair cargas e serviços. Caso contrário, sem aptidão para inovar, continuará atrelado a um passado encalacrado.