Engenheiros brasileiros lançam edição de projeto com o tema "Recuperação pós-pandemia" cuja meta é apresentar saídas para a mais grave crise da história do País. A proposta vai ao encontro da necessidade de medidas emergenciais que gerem emprego e renda rapidamente e tragam melhorias às condições de vida da população e à atividade produtiva.
Segundo o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, além do enfrentamento da doença e da crise sanitária, "vive-se um panorama de altíssimo desemprego, com a taxa de 13,8%, no trimestre de maio a julho de 2020, a maior da série histórica iniciada em 2012, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a população desocupada chegou 13,1 milhões de pessoas. Somam-se a esse contingente mais milhões de desalentados e subempregados, desenhando um cenário extremamente preocupante".
Por isso, afirma enfático o engenheiro, é preciso pensar em ações que garantam desenvolvimento e geração de renda no mais curto prazo possível. "Com esse norte, a sugestão é que o País estabeleça um Programa de Retomada de Obras Públicas. A medida propiciaria, além do papel de aquecer a economia, a recuperação do nível de ocupação no setor da construção civil e em toda a cadeia envolvida", acredita.
O projeto levanta os milhares de obras interrompidas pelos mais diversos motivos, em importantes projetos de saneamento e habitacionais, mas também de ferrovias, rodovias e hidrovias. "A tarefa de verificar o que é importante que tenha continuidade, reunir as condições para tanto e realizar o necessário certamente é enorme e complexa, mas também inadiável. Isso envolve planejamento, destinação de recursos adequados, acompanhamento e fiscalização", conclama Murilo.