Existe uma crescente divisão de conectividade – uma diferença crescente - entre os mais e menos conectados países
O comunicado do Grupo Libra, de 28 de março de 2019, anunciando o encerramento das operações da Libra Terminais no Porto de Santos, no litoral paulista, não silenciou o ruidoso caso de uma dívida bilionária e o destino do patrimônio da empresa no terminal. Duas situações que precisam ser tratadas com rigor e publicidade.
Blog do Bruno Merlin
* Grupo Libra comunica encerramento de operações portuárias em Santos
A decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), de novembro de 2018, cancelando a prorrogação, até 2035, do contrato de concessão dos terminais da Libra em Santos, que foi urdida pela Lei 12.815/2013, ocorreu após a empresa decretar recuperação judicial. A Libra perdeu uma disputa judiciária com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e foi condenada a pagar mais de R$ 2 bilhões. Essa dívida ainda não foi paga.
Dia a Dia | Editorial
* Bolsonaro não apareceu
Talvez tenha sido o caso mais abafado da história portuária brasileira desde a Abertura dos Portos, em 1808. Portogente vem divulgando esses acontecimentos que prejudicam o mais importante complexo portuária do Hemisfério Sul e o País. O nome do ex-presidente Michel Temer faz parte de toda essa confusão.
Dia a Dia | Editorial
* Misteriosa isenção de R$12,5 milhões no Porto de Santos
Por duas razões não se pode sucatear os equipamentos do terminal. Sua qualidade material e operacional tem mercado e vida útil válida. Ou seja, eles podem ser utilizados na operação com contêineres para dar produtividade a algum terminal. Ainda que não seja no Porto de Santos. A condução desse processo cabe à Autoridade Portuária local, que, até o momento, não se manifestou a respeito e estuda a ocupação da área.
Dia a Dia | Editorial
* Codesp não explica R$ 18 milhões pagos à Dragabrás e retalia engenheiro
No enredo policial dessa "novela" sem fim (pelo menos até o momento), dois membros da família Torrealba, proprietários da Libra, foram presos pela Polícia Federal, assim como o ex-presidente e o jurídico da Codesp, José Alex Botelho Oliva e Gabriel Eufrásio, que conduziram as negociações da dívida. O "jabuti" da Lei 12.815, para prorrogação do contrato, foi criação do então presidente da Câmara, o presidiário Eduardo Cunha.
Esse filme não terminou, ainda, porque a dívida ainda não foi paga.