O Fórum de Competitividade e Desenvolvimento para a Região Oeste de Santa Catarina promove reunião, no dia 7 próximo. O encontro discutirá alternativas à viabilidade da rota do milho, entre Brasil, Argentina e Paraguai, e melhorias para o Aeroporto Municipal Serafim Enoss Bertaso.
De acordo com o presidente do Fórum, Vincenzo Mastrogiacomo, a rota do milho é um novo trajeto para importação do grão para Santa Catarina, ligando o Paraguai a Dionísio Cerqueira. Atualmente, quando importado do Paraguai, o milho chega ao Estado passando por Foz do Iguaçu, no Paraná. "A viabilização desse novo trajeto pode reduzir consideravelmente o valor do frete e, consequentemente, proporcionando maior competitividade para as agroindústrias da região".
As discussões em torno da Rota do Milho surgiram em 2016, no Núcleo Estadual de Integração da Faixa de Fronteira de Santa Catarina, iniciativa do Governo catarinense, do Sebrae/SC e das entidades ligadas ao agronegócio, com participação do Fórum de Competitividade e Desenvolvimento. O projeto consiste em buscar no Paraguai o milho para abastecer a imensa cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura industrial catarinense.
Com a implantação da conexão transfronteiriça, o produto seguirá o seguinte roteiro: será adquirido nos Departamentos de Itapua e Alto Paraná (Paraguai), passará pelo porto paraguaio de Carlos Antonio Lopez, atravessará o rio Paraná em balsas, entrará em território argentino pelo porto de Sete de Agosto e seguirá até a divisa com o Brasil, sendo internalizado pelo porto seco de Dionísio Cerqueira. "Para que isso aconteça, precisamos avançar em entraves burocráticos e alinhar os objetivos com os governos dos três países", frisa Mastrogiacomo.
A intenção é fortalecer as empresas e a economia regional. Além da rota do milho, outra melhoria considerada fundamental para o desenvolvimento de todos os setores é no aeroporto de Chapecó. "O que estamos discutindo é a ampliação, bem como a sua internacionalização. Com isso, a intenção é ampliar o número de voos e tornar os preços mais acessíveis. Tivemos uma grande perda no transporte aéreo com o fechamento das operações da Avianca e precisamos de alternativas, pois o aeroporto de Chapecó atende uma grande região composta por mais de 300 municípios, compreendidos entre o sudoeste do Paraná, noroeste do Rio Grande do Sul, oeste, extremo oeste e meio oeste de Santa Catarina que somam mais de 2,5 milhões de habitantes. Uma alternativa que já se mostrou viável é a privatização", enfatiza o presidente do Fórum.