Sexta, 19 Abril 2024

A grande questão colocada e que será tema de debate nos próximos dias é se "É possível reeditar esse crescimento?". O assunto é o carro-chefe doo Interleite Sul 2019, que acontece entre esta quarta (8) e quinta desta semana, em Chapecó (SC) – considerado o mais qualificado e respeitado seminário técnico e mercadológico do setor, no Brasil. "A pergunta que fica, porém, é até que ponto esse sucesso será continuado. É possível manter taxa semelhante de crescimento para os próximos anos? Esta é a pergunta de fundo do Interleite Sul 2019", obserca o CEO da AgriPoint, Marcelo Pereira de Carvalho. 

Leite SC

As questões que se colocam, segundo o dirigente, são essas: sucessão familiar, automação, mão de obra qualificada, estruturação de condomínios de produção e integração. "Há espaço para crescimento, mas não sem desafios. O primeiro deles é a sucessão familiar. Propriedades pequenas evidentemente têm um limite, ainda que muito bem exploradas. Outro ponto relacionado à sucessão familiar é o investimento em automação. Já são quase uma centena de robôs instalados no País, a maioria no Sul. A ordenha robótica permite melhor qualidade de vida, contribui para a questão da falta de mão de obra e para o interesse dos herdeiros em permanecer, mas também incorre em comprometimentos financeiros. Não é uma solução para todos. A estruturação de condomínios de produção e projetos iniciais de integração sugerem que o crescimento pode vir de novas formas de associação e de otimização de custos", relaciona Carvalho.

De 2000 a 2017, o Sul do Brasil teve um crescimento fenomenal, tornando-se a maior região produtora, passando o Sudeste, que tem em Minas Gerais o maior Estado produtor de leite do País. O Sul cresceu a uma média de 6,0% ao ano, contra 3,2% do Brasil. Retirando o Sul, as demais regiões cresceram apenas 2,2% ao ano. O Sul, portanto, não só cresceu quase 3 vezes mais do que o restante do Brasil, como foi responsável por quase 52% do acréscimo da produção do País no período.

Comparado com a Argentina, os dados são igualmente impressionantes. De 2000 a 2017, a Argentina cresceu apenas 303 milhões de litros, ao passo que o Sul acrescentou mais de 7 bilhões de litros, ou 23 vezes mais. Hoje, o Sul produz 12 bilhões de litros/ano, contra 10,1 bilhões da Argentina. No ano 2000, a Argentina produzia quase a mesma coisa – 9,8 bilhões – ao passo que o Sul produzia somente 4,9 bilhões.

São várias as razões para esse fenômeno, como a base genética construída ao longo dos anos; a estrutura fundiária baseada em pequenas propriedades; a tradição com produção animal, vinda da avicultura e suinocultura integradas; as questões culturais e forte ligação com a atividade; a presença de cooperativas e a organização social da região. Enquanto o crescimento nas demais regiões é muito mais fruto do empreendedorismo individual, no Sul o avanço é realmente coletivo.

 

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