A mudança na base curricular dos cursos de engenharia tornará o ensino mais moderno no País e alinhado às exigências da digitalização, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). As novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação em Engenharia foram homologadas, nesta segunda-feira (22/04), pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e publicadas na terça (24). “Precisamos formar engenheiros com habilidades e capacidades mais convergentes com as transformações digitais”, afirma a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio. Para ela, profissionais mais qualificados são imprescindíveis para acompanhar a inevitável evolução do setor industrial com a chegada da Indústria 4.0.
O texto aprovado contempla grande parte das sugestões encaminhadas pela CNI e pela a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge). As novas DCN entram em vigor imediatamente. Os cursos de engenharia já existentes têm o prazo de três anos para sua implementação das novas normas.
As propostas da indústria foram elaboradas no contexto da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo coordenado pela CNI que reúne CEOs e líderes de mais de 300 empresas. Desde a criação em 2008, a modernização das engenharias é uma das prioridades do movimento.
Propostas
Entre as propostas aprovadas pelo CNE está a formação por competências, com foco no desenvolvimento do aluno e na educação mais prática e próxima do ambiente profissional, por meio do ensino baseado em projetos e da adoção de tecnologias digitais em sala de aula. As novas diretrizes estimulam a interação entre centros de ensino e organizações externas que extrapolem o estágio, com o desenvolvimento de atividades e projetos de interesse comum.
O texto também contempla um tópico que estabelece o detalhamento do projeto pedagógico pelas instituições de ensino, listando as ações previstas para o alcance das competências.
Do lado do aluno, as diretrizes definem a criação de programas de acolhimento que deem suporte a estudantes que, eventualmente, estejam em defasagem pedagógica. O objetivo é diminuir a evasão, que é próxima de 50% no Brasil. Já do lado do professor, foi aceita a sugestão de valorização do trabalho docente e de atividades de capacitação.
* Com informações da CNI