O Termo de Acordo do governo Temer com os caminhoneiros é apenas um band-aid para tratar de um organismo tomado por infecção. Ao tumulto na estradas e ao desabastecimento das cidades também jogou contra os 11,3% de recuo nos papéis da Petrobrás em Nova York, nos Estados Unidos. Bem distante da imagética global do excesso de caminhões, que só se fez perceber agora.
Agência Brasil.
Não dá para não mostrar o que todo o Brasil está discutindo. Talvez só no Palácio não se consegue perceber o mundo lá fora. Lá mora um presidente que não pode mais andar nas ruas do País que governa (se é que algum dia andou como os demais brasileiros e brasileiras). Se de fato há caminhões e caminhoneiros sobrando, certamente não foi porque eles resolveram investir em produto sem demanda. O Brasil é que encolheu 20 anos em 2.
A condição definida por Josias de Souza, na Folha de S.Paulo, é precisa para se entender a atual conjuntura: “Temer não governa os acontecimentos. É desgovernado pelos fatos.” No processo Geni, em que todos atiram pedra, juntam-se empregados, empregadores e desempregados.
As estruturas nacionais que estão trabalhando com gambiarras como paliativo não oferecem segurança para atravessar um momento político intenso como o que se avizinha. Bobagem projetar 2019. Há uma questão muito mais urgente a ser respondida. Como o Brasil atravessa 2018?