Em recente evento patrocionado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o cientista da computação Ramez Naam disse que previsões dão conta de que os veículos elétricos serão mais baratos que um carro normal para dois passageiros até 2035. Nesse sentido, em todo o mundo, o setor de transporte vem inovando e abarcando um número cada vez maior de tecnologias disruptivas em todo o mundo. Os veículos elétricos são exemplos dessas quebras de paradigmas e têm sido produzidos em escala exponencial.
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A explicação é que a indústria automotiva começa a investir de forma maciça em baterias de lítio, o que tem barateado o valor final. Segundo o especialista, o custo dessas baterias caiu 25 vezes nos últimos anos. “No passado, uma empresa previu que iria produzir 25 mil veículos elétricos por ano, até 2040. A própria montadora contrariou suas previsões e acredita que irá produzir 500 mil veículos anualmente até 2020”, afirmou.
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Essas baterias, diz ele, melhoraram a sua forma de armazenamento de energia nos últimos anos. E foi além ao dizer que elas não serão usadas apenas para veículos, mas também para drones. “Hoje, elas duram cerca de trinta minutos. Entretanto poderão durar até 300 minutos em um futuro breve”, observou. Segundo ele, a autonomia é uma das tecnologias disruptivas dentro do setor de transporte e vem acompanhada de uma tendência de investimento em tecnologias de baixa emissão, como a energia eólica e a solar.
No início deste ano, Portogente promoveu o importante debate WebSummit Porto Sustentável, na oportunidade, o mestre em Planejamento e Operação de Transporte, Marcelo Tadeu Mancini, apontou que o maior desafio da humanidade é conciliar, nas cidades, a mobilidade de bens e pessoas. Para ele, deve-se desincentivar os modos de transportes individuais motorizados que têm se mostrado extremamente ineficientes e estão por trás do caos que as cidades vivem nas últimas décadas.