Quinta, 28 Novembro 2024

O governo federal está a toda na política de venda de empresas, em todos os setores. No início desta semana, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil anunciou mais sete terminais portuários a serem concedidos à iniciativa privada. A estimativa de investimento, segundo a pasta, ultrapassa R$ 1,3 bilhão.

Estão nesse lote: três terminais de combustíveis (AI-01, AE-10 e AE-11) no Porto de Cabedelo, na Paraíba; dois terminais de granéis líquidos (STS-13 e STS-13A) no Porto de Santos, em São Paulo; e dois terminais no Porto de Suape, em Pernambuco, sendo um de contêineres (SUA-05) e um de veículos (SUA XX). O prazo de concessão será de 25 anos, prorrogáveis por igual período, exceto os terminais de Suape que ainda estão sendo analisados pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

Se o que interessa é apenas a geração de recursos com esses arrendamentos, então a nota da iniciativa pode ser 7; todavia, essa não é a grande questão do País. Falta-nos um planejamento global logístico de ponta. Precisamos definir o que queremos na fatia do comércio mundial, assim como tornar a movimentação interna das cargas o mais inteligente possível. 

Pensamos o Brasil em fatias. Portos, aqui. Ferrovias, lá. Hidrovias, acolá. Nada junto e muito menos integrado. Cada um dos modais fala sozinho. E a potência do País fica a ver navios. E apenas vamos tentando resolver os problemas, as crises e os gargalos que se apresentam, não a fundo, infelizmente, mas apenas colocando um "curativo" ou receitando um placebo.

 

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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