Os portos brasileiros preparam-se para os grandes navios do comércio mundial. Pelo visto, há uma saudável corrida por profundidades e calados maiores. Por isso, torcemos para o Porto de Santos (SP), responsável por uma boa fatia da balança comercial do País, encontre o seu caminho nessa (boa) disputa. Contudo, chega a boa notícia, como a que o presidente do Sepetiba Tecon, Pedro Brito, anunciou, recentemente, de que o terminal obteve, junto as Autoridades Portuária e Marítima, a homologação de novos parâmetros de manobras e passa a operar com calado máximo de -15,40 m para entrada e saída de navios porta-contêineres.
Segundo o executivo, o terminal possui um plano estratégico de investimento para modernização e expansão da sua capacidade de movimentação. O aumento do calado faz parte dele que ainda prevê a aquisição de nove novos RTGs (Rubber Tired Gantry) e dois Portêineres, o que aumentará ainda mais a sua produtividade e capacidade operacional. Todo esse investimento pertence a um pacote estimado em R$ 567 milhões, proposto em dezembro passado à Autoridade Portuária da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
A expectativa da empresa é, com aumento do calado operacional, atrair navios ainda maiores para o terminal e fomentar os investimentos feitos no comércio exterior do Rio de Janeiro com diversos países. Com a homologação dos novos parâmetros, Sepetiva passa a ter o maior calado da Costa Leste da América do Sul. A próxima conquista é ser o primeiro terminal do Brasil apto a receber os navios da classe New Panamax com até 366m de comprimento e 51m de largura.