O bom desempenho dos embarques para a China, África do Sul e Emirados Árabes Unidos foram determinantes para diminuir o saldo negativo do desempenho das exportações de carne de frango em janeiro. Conforme os números levantados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no mês, houve queda em volume – de 9,8%, com 277,7 mil toneladas embarcadas - e receita - em 14,3%, com US$ 494,5 milhões.
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Em janeiro, a China importou 18,9 mil toneladas, desempenho 16,3% superior em relação ao primeiro mês do ano passado. Para a África do Sul, foram 16,3 mil toneladas, crescimento de 32,3%, conforme a mesma comparação. Emirados Árabes Unidos, que é o quarto maior importador de carne de frango do Brasil, aumentou em 11,3% seus embarques, totalizando 22,9 mil toneladas.
Conforme explica o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, outros mercados de menor expressão nos volumes dos embarques também contribuíram para o cenário. “Iêmen, Catar, Jordânia, Iraque e Omã são alguns exemplos de países do Oriente Médio que, assim como os Emirados, ampliaram suas importações”, destaca.
Vice-presidente de aves da associação, Ricardo Santin ressalta que a habilitação de cinco novas plantas exportadoras de carne de frango para a China continuam a influenciar o desempenho positivo neste mercado. “A demanda chinesa tende a ser crescente. Neste sentido, estamos trabalhando para habilitar, naquele mercado, mais oito plantas”, aponta.
Dentre os grandes importadores, houve quedas de 19,4% na Arábia Saudita (total de 48,6 mil toneladas em janeiro), de 37,8% em Hong Kong (19 mil toneladas) e de 22% na União Europeia (28,1 mil toneladas).
Embora em relação a janeiro de 2014 a Rússia apresente crescimento de 80,5%, na comparação com dezembro o desempenho é 33% menor. Ao todo, foram 4,8 mil toneladas embarcadas em janeiro. “A autorização de novas plantas para exportações à Rússia aconteceram somente em agosto do ano passado. Ou seja, o resultado de janeiro de 2014 ainda não era influenciado por estas habilitações”, detalha Santin.