O presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Portos, Hidrovias e Navegação do Brasil, deputado federal Marcos Rogério (DEM/RO) reivindicou junto com o presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega), Raimundo Holanda e do diretor presidente da Sociedade de Portos e Hidrovia de Rondônia (Soph), Leudo Buriti, a urgência da liberação da licença para início das operações da dragagem do rio Madeira. O pleito foi enviado nesta terça-feira, 18, ao Dnit, órgão que licitou e contratou o consórcio que executará os serviços.
Para o deputado, a janela ideal para início da operacionalização da dragagem acontece neste exato momento. “Entramos na segunda quinzena de Julho/2017 e o rio Madeira começou a registrar níveis mais baixos, momento propício para realização dos serviços de dragagem com intuito de permitir a navegação contínua, de forma que as empresas não necessitem reduzir as cargas transportadas nesse período. Uma viagem em um comboio com sua capacidade completa representa um desafio se não houver um canal navegável, é inviável. Este cenário, infelizmente, concebe prejuízos para empresários e para o estado de Rondônia”, declarou Marcos Rogério.
Raimundo Holanda descreve a situação como preocupante, pois na sua concepção o início dos serviços estão atrasados. “Estive mais otimista, mas neste momento, acendeu a luz amarela. Nos aproximamos do período crítico da estiagem. Apenas um armador contabilizou um prejuízo de R$ 200 milhões em 2016. Empresários tiveram um custo maior para enviar suas cargas pelos portos localizados em São Paulo, além do descrédito que a hidrovia do rio Madeira fica fadada”, lamentou o representante da Fenavega.
O diretor presidente da SOPH considera o papel da hidrovia do rio Madeira como desafiador, uma vez que é através da navegação contínua que haverá a completa integração logística da América do Sul. “Rondônia é sabidamente um dos principais corredores de escoamento da produção de alimentos e outros produtos com destino ao comércio exterior. Ser um personagem ativo do Arco Norte garante a exploração do potencial hídrico do Brasil o fortalecimento da economia nacional”, mensurou Leudo.