Os desafios e as oportunidades para médicos em início de carreira no Brasil
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Flávio Resende
Categoria: Notícias Corporativas
Entrar no mercado de trabalho como médico no Brasil é como navegar por águas cheias de correntes imprevisíveis: desafiador, sim, mas também cheio de oportunidades para quem souber remar no ritmo certo.
Para quem está começando, existem muitas dúvidas, que vão desde a escolha da especialização até a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Um dos pontos de escolha é a residência médica em Minas Gerais ou São Paulo, dois dos centros mais importantes na área. E, claro, sempre paira aquela preocupação: como se destacar em um cenário tão competitivo?
1. A entrada no mercado de trabalho: de que modo começar?
Sair da faculdade com um diploma de medicina é um grande feito, mas também o início de uma nova fase cheia de perguntas. “Por onde eu começo? Onde estão as melhores oportunidades? Como faço para conquistar meu espaço?” Por mais que tais questões sejam comuns e se façam presentes com bastante recorrência, é imprescindível não perder de vista a ideia de que a atuação na área médica te possibilita transitar por muitos, variados e distintos caminhos, vivendo oportunidades fabulosas.
Principais desafios:
Concorrência acirrada: o número de médicos no Brasil cresce a cada ano, e se destacar exige mais do que formação básica;
Escolha da área de atuação: generalista? Especialista? Plantonista? Cada caminho é único e está repleto de possibilidades e dificuldades, tendo prós e contras próprios;
Falta de experiência prática: a transição da academia para o mercado pode ser assustadora, já que nem sempre as situações da prática refletem o que foi aprendido nos livros.
Oportunidades para quem está começando:
Interior do país: muitas cidades no Brasil sofrem com a falta de médicos. Trabalhar nessas regiões pode ser uma forma de começar a carreira com um impacto positivo, além de conquistar bons salários e benefícios;
Saúde pública: o SUS, apesar de suas limitações, é um campo vasto para quem busca experiência e contato direto com a realidade da saúde no Brasil;
Emergência e urgência: atender em plantões é uma maneira riquíssima de não apenas adquirir experiência, mas também de se familiarizar com as mais variadas situações vividas no expediente e de aumentar a renda.
2. A definição da especialização: o próximo passo importantíssimo
Depois de um tempo na prática generalista, chega o momento de decidir se e em qual especialidade investir. No Brasil, a residência médica é a porta de entrada para muitas dessas áreas, mas a concorrência é alta e o processo exige dedicação.
Como escolher uma especialização?
Identifique seu interesse: quais áreas da medicina mais despertam sua paixão? Pediatria, cardiologia, dermatologia? O imprescindível é, sem dúvida, atuar em algo que você curta de verdade e seja prazeroso;
Considere a demanda do mercado: algumas especialidades, como medicina da família, psiquiatria e geriatria, são altamente procuradas e possuem carência significativa de profissionais.
O desafio da residência:
Conseguir uma vaga em residência é uma corrida de alta performance. Além do estudo intenso, é preciso equilibrar o trabalho, a preparação para provas e, claro, a saúde mental.
3. Atualização constante: o médico nunca para de estudar
A medicina está em constante evolução, com novas tecnologias, tratamentos e descobertas surgindo o tempo todo. Para se manter relevante e oferecer o melhor atendimento possível, atualizar-se deve ser uma prioridade.
Desafios da atualização profissional:
Custo elevado: cursos, congressos e especializações não são baratos e podem pesar no bolso de quem está começando;
Tempo limitado: conciliar a rotina intensa de trabalho com a necessidade de estudar não é tarefa fácil.
Como aproveitar as oportunidades de aprendizado?
Cursos on-line: plataformas como Medscape e UpToDate oferecem conteúdos atualizados e acessíveis;
Redes de apoio: troque experiências com colegas de profissão e participe de grupos que discutem casos clínicos;
Certificações relevantes: foque em áreas que complementem sua prática ou aumentem sua empregabilidade, como cursos de ACLS (Suporte Avançado de Vida em Cardiologia) ou PALS (Suporte Avançado de Vida Pediátrica).
4. Formação de uma boa rede de contatos: sua sustentação para os dias que virão
Networking. Essa palavra tão falada em outras áreas também é fundamental na medicina. Uma rede de contatos sólida pode abrir portas, trazer indicações e até ajudar em momentos de dúvida clínica.
Como construir sua rede de contatos?
Participe de eventos: congressos, feiras e palestras são oportunidades incríveis para conhecer outros profissionais;
Seja ativo nas redes sociais profissionais: plataformas como LinkedIn são igualmente úteis para médicos. Demonstra sua expertise, compartilhe artigos, participe de grupos de discussão, comente em fóruns.
5. Gestão financeira: cuide da sua saúde financeira desde o início
Dinheiro é um tema sensível, mas fundamental. Muitos médicos iniciantes cometem o erro de não planejar suas finanças, o que pode levar a problemas no futuro, principalmente se você está pensando em abrir seu próprio consultório.
Desafios financeiros para médicos iniciantes:
Dívidas acadêmicas: muitos saem da faculdade com dívidas estudantis que precisam ser quitadas;
Gastos iniciais: cursos, equipamentos e até roupas adequadas podem consumir uma boa parte do orçamento.
Como começar bem na gestão financeira?
Crie um orçamento: liste suas despesas fixas e variáveis para entender para onde vai o seu dinheiro;
Poupe para o futuro: mesmo que seja pouco, comece a guardar uma parte do que ganha.
*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.