Maior parte das organizações, no entanto, não possui políticas específicas sobre o tema, revela pesquisa da Robert Half
São Paulo, março de 2021 - O mês de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher. Com ele, surgem inúmeras campanhas, treinamentos, eventos e, no contexto da pandemia, seminários e palestras online em prol da inclusão de mulheres no mercado de trabalho. Por mais que haja uma preocupação genuína das organizações em diminuir a desigualdade de gênero em seu quadro de funcionários, a maior parte ainda não realiza políticas específicas para reverter a situação. É o que aponta uma pesquisa da Robert Half, consultoria de recrutamento especializado, em sondagem da 15ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), conduzida em fevereiro com base na percepção de 774 profissionais, igualmente divididos em duas categorias: recrutadores e profissionais qualificados empregados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior).
Segundo a pesquisa, 76% das empresas manifestam a preocupação em reduzir a desigualdade entre homens e mulheres no mercado e já reconhecem os benefícios da igualdade de gênero no ambiente de trabalho. No entanto, a maior parcela de recrutadores respondentes afirmou que ainda não executa ações específicas para aumentar a participação de mulheres em cargos de liderança (62%) ou até mesmo de forma geral (61%).
A necessidade de ampliação da participação feminina
Na visão do grupo de profissionais entrevistados, 64% acreditam que as empresas em que trabalham devem ampliar a participação feminina no quadro de colaboradores para se tornar uma empresa que respeita a igualdade de gênero.
“O pensamento diverso aparece como o principal benefício, tanto para empresas como para profissionais, da igualdade de gênero no ambiente de trabalho. É importante destacar que, para profissionais, o tema é imperativo e fator de atração, ou seja, fortalece a empresa como uma marca empregadora. A igualdade de gênero, dentre outras questões sobre diversidade e inclusão, é fundamental para a evolução de uma organização”, afirma Débora Ribeiro, Strategic Account Manager da Robert Half.
Existem ações sem custo que ultrapassam o discurso
Por vezes, as empresas se prendem a uma limitação orçamentária para justificar a falta de ações afirmativas. No entanto, na visão da executiva da Robert Half, existem alternativas sem custo e que podem gerar retornos positivos.
“É muito claro que as empresas estão preocupadas com o tema de igualdade de gênero e que reconhecem os seus benefícios, mas ainda faltam políticas específicas para essa questão no ambiente corporativo”, comenta Débora Ribeiro. “Existem ações muito simples que podem ser tomadas neste sentido, com custo zero e que já fariam a diferença, o importante é dar o primeiro passo”, completa a especialista.
Algumas políticas e ações que podem ser adotadas sem pesar no orçamento das empresas:
Pesquisas internas com as mulheres para entender o que falta e o que poderia funcionar, além de receber sugestões de ações;
Estimular autoras mulheres e passar a usar referências femininas no mundo dos negócios;
Comunicação/linguagem inclusiva e não tendenciosa - Substituição por termos neutros (termos genéricos, abstratos ou coletivos). Ao invés de dizer “O gerente”, opte por “A gerência”, diga “A pessoa interessada” e não “O interessado”, etc;
Metas transparentes e bem definidas para promoções e méritos;
Ofereça para homens e mulheres workshops com o tema "Vieses e barreiras de gênero", ao longo de todo o ano e não somente no mês de março;
Com a evolução do trabalho remoto e a quebra dos limites geográficos nos processos de recrutamento, será cada vez mais desafiador atrair e reter colaboradores talentosos. É importante que as companhias tenham em mente que a valorização da diversidade de gênero é um aspecto relevante para profissionais que estão no mercado. As empresas que não se atentarem à questão, poderão acabar perdendo talentos para organizações mais inclusivas.
Sobre a Robert Half
É a primeira e maior empresa de recrutamento especializado no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais temporários e permanentes nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão.
Ao todo são mais de 300 escritórios na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania. Em 2021, a Robert Half foi novamente considerada pela Fortune uma das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half integra também o Índice de Igualdade de Gênero da Bloomberg, graças ao seu compromisso em promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.
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