Domingo, 28 Abril 2024

Em declaração dada no fim do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro já disse que o Auxílio Emergencial não deve ser renovado para 2021. Mesmo com o fracasso do programa Renda Cidadã, tido como novo programa assistencial do governo, pelo visto o martelo já está batido!

A MP do Auxílio Emergencial está sendo ignorada pela bancada de apoio ao governo no Congresso Nacional. E com isso faltam menos de 15 dias para o fim do auxílio emergencial. Muitas famílias estão recebendo a última parcela referente ao benefício.

Com a crise causada pela pandemia, a diminuição de renda e trabalhos formais é brutal. Isso afeta não só o momento atual, mas o futuro. Ter um plano aposentadoria é importante para tentar se preservar e pensar lá na frente.

Auxílio Emergencial interrompeu crescimento da extrema pobreza no país

Nos últimos cinco anos, o aumento da extrema pobreza no Brasil já era visível. Dados da pesquisa PNAD Contínua, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que em 2019, cerca de 13,88 milhões de brasileiros viviam na extrema pobreza, cerca de 170 mil a mais em comparação com os dados de 2018.

Em 2020, houve uma reversão neste caminho, muito por conta do auxílio emergencial que chegou a alcançar 50,7% das famílias do país, segundo o IBGE. Os dados também apontam que o auxílio chegou a 86,6% dos brasileiros mais pobres.

Um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) com base na pesquisa PNAD COVID-19 aponta que, entre maio e agosto, a porcentagem da população em extrema pobreza no país caindo quase pela metade, passando de 4,18% para 2,29%.

Especialistas indicam que o fim do benefício assistencial pode atrasar a recuperação econômica

As previsões com o fim do auxílio emergencial não são nada agradáveis para a economia brasileira. A economista Débora Freire, do Cedeplar (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional) da UFMG, explica que com o fim do auxílio, as famílias terão menos renda e consumirão menos, por consequência, isso afetará o faturamento das empresas.

No estudo feito por Ian Prates, do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e de Rogério Barbosa, do Centro de Estudos da Metrópole da USP, aponta que com a interrupção do auxílio emergencial, pode colocar cerca de 30% da população, 63 milhões de pessoas, ganhando menos do que um terço do salário-mínimo per capita.

Banco Central admite que o fim do auxílio deve desacelerar o consumo das famílias mais pobres

O Banco Central (BC) admitiu ainda em setembro que o fim do auxílio emergencial deve provocar uma desaceleração no consumo das famílias. Mesmo com melhores projeções para o PIB em 2020 e 2021, em comparação com os números iniciais da pandemia, o BC aponta que a desaceleração do consumo pode diminuir a velocidade da retomada econômica do país.

Segundo a instituição, o auxílio liberou cerca de R$ 37 milhões por mês para as famílias de baixa renda no início da pandemia, o que representa cerca de 12% da renda mensal de 2019. O BC afirma que isto ajuda a sustentar o consumo nos primeiros meses da pandemia, diminuindo o impacto das medidas de isolamento social.

FMI recomenda manutenção do teto de gastos, mas sem cortes no Auxílio Emergencial

O relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) de dezembro elogia as medidas econômicas tomadas pelo governo brasileiro para conter o impacto da COVID-19, mas enfatiza a necessidade da manutenção do teto de gastos sem a interrupção do auxílio emergencial.

O órgão aponta que a manutenção do teto de gastos constitucional é uma âncora fiscal para apoiar a confiança do mercado. Porém, o FMI alerta que isto não pode ser feito com o corte abrupto das medidas econômicas de apoio à economia, como o auxílio emergencial.

O FMI recomenda que o país esteja preparado para esticar essas medidas por mais tempo em 2021. A expectativa do órgão é que o Brasil cresça 2,8% em 2021, iniciando uma recuperação econômica após uma contração de 5,8% em 2020.

Para apontar saídas para a manutenção do auxílio emergencial, o FMI aponta a necessidade das reformas estruturais para a realocação das despesas do estado com o intuito de fortalecer a rede de segurança social de forma permanente.

“Novo Bolsa Família” deve ser o principal programa de renda assistencial do país em 2021

Recentemente, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, anunciou a reformulação do programa Bolsa Família. Após a desistência do governo em lançar o Renda Cidadã, ao que parece o Bolsa Família irá concentrar as medidas assistenciais em 2021.

Sem dar detalhes concretos, Lorenzoni afirmou que haverá um aumento no ticket médio pago aos benefícios e que mais famílias devem ser contempladas. O ministro completou dizendo que só está à espera da autorização do presidente Jair Bolsonaro para divulgar as novidades do programa.

A previsão é de que o Bolsa Família custe R$ 34,8 bilhões em 2021, um aumento de 18,22% em relação aos custos do programa em 2020.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

Deixe sua opinião! Comente!
 

L'Oréal Paris Elseve Óleo Extraordinário

 

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome