As empresas perceberam que, para manter a produtividade em alta e os números positivos, é necessário primeiro investir em pessoal qualificado - e em formas, claro, de manter essas pessoas por perto, satisfeitas e dispostas a continuar.
Para que se possa fazer isso, cabe à companhia criar um RH forte, com boa comunicação e reação imediata às mazelas, críticas e dúvidas dos colaboradores. Empresas que não criam um diálogo com os seus contratados têm grande risco de perdê-los para outras, que certamente não os deixarão sair.
Além do que já foi citado, existem atitudes que podem colaborar para a fidelização do colaborador: a aposta por benefícios flexíveis, por exemplo, segue em alta para o ano que vem e para os próximos.
Entre as vantagens que mais têm sido desejadas, estão a possibilidade de home office em dias específicos (ou mesmo definitivamente, o que “virou moda” na pandemia e tem trazido bons resultados), planos de saúde de excelência, planos de previdência privada compartilhados e investimentos em bem-estar.
Não sabemos ao certo sobre os benefícios que são oferecidos pelas empresas que mais lucraram em 2020. O que podemos saber, no entanto, é que elas têm trabalhado incessantemente para permanecerem no topo.
A seguir, falaremos mais sobre as companhias que mais lucraram este ano, apesar da crise e da instabilidade econômica causadas pela pandemia do novo coronavírus. Confira.
América Latina: quem saiu na frente?
Segundo informações disponibilizadas pela Economatica, somando o primeiro e o segundo trimestres de 2020, o Bradesco foi, entre as empresas de capital aberto listadas na América Latina, aquela que mais obteve lucro.
O banco em questão teve um resultado de 1,26 bilhão de dólares, aproximadamente 6,85 bilhões de reais. Não significa que o resultado seja o melhor da história, no entanto, uma vez que os números indicam uma queda de 59% em relação aos seis primeiros meses de 2019.
Logo após do Bradesco, vem o Banco Itaú, que obteve lucro de 1,24 bilhão de dólares, cerca de 6,74 bilhões de reais. Comparando com os números do ano passado, houve queda de 64,7%.
O terceiro lugar é de outro banco: o Banco do Brasil obteve lucro de 1,17 bilhão de dólares, aproximadamente 6,36 bilhões de reais, o que indica queda de 45,3% em relação ao ano passado.
A queda dos resultados está atrelada ao aumento de reservas para cobrir calotes, problema agravado pela pandemia do novo coronavírus e seus desdobramentos na economia local e global.
Apple e Samsung
As duas empresas figuram há anos como as mais lucrativas do segmento de smartphones. Os números, no entanto, cresceram mesmo com a pandemia.
Segundo a Strategy Analytics, no terceiro semestre de 2020, as duas fabricantes somaram 93,1% de todos os lucros do mercado de smartphones no período. No ano passado, no mesmo período, as duas representaram 85,7% do lucro.
A Apple, um incrível gigante, obteve 60,5% do lucro do segmento, uma queda: no ano passado, a empresa obteve 66,9%. A Samsung cresceu e tem avançado contra a rival: ela passou de 18,8% no terceiro trimestre de 2019 para 32,6% no terceiro trimestre de 2020.
Amazon
No dia 29 de outubro do ano passado, a Amazon reportou um lucro líquido recorde de 6,3 bilhões de dólares, o equivalente a 36,3 bilhões de reais. Trata-se de um aumento de 200% em relação ao mesmo período de 2019, quando a companhia obteve o também impressionante resultado de 2,1 bilhões de dólares, ou 12,1 bilhões de reais.
O lucro por ação da Amazon cresceu, atingindo 12,37 dólares (R$71,30), acima da projeção esperada, que era de 7,55 dólares (R$43,52). Em apenas nove meses, a marca obteve um ganho de 14,1 bilhões de dólares - no mesmo período, no ano passado, o ganho era de 8,3 bilhões de dólares.
Os serviços de nuvem da Amazon também foram bastante procurados, uma vez que empresas de grande porte tiveram que migrar para o mundo virtual e precisaram criar espaços altamente seguros e tecnológicos para manter o seu funcionamento cotidiano.
A receita da AWS, Amazon Web Services, teve um aumento de 29% em comparação ao ano passado, obtendo 11,6 bilhões de dólares.
O criador da Amazon, Jeff Bezos, é o homem mais rico do mundo, com um patrimônio líquido de 188,5 bilhões de dólares.