Os já quase 300 poemas inscritos no Concurso Nacional de Poesia Porto-Cidade superam significativamente os 70 enviados, no último certame, anterior ao saite Portogente. Esta é a terceira edição do evento e o prazo de inscrições foi prorrogado até o dia 29 deste mês. Talvez tamanha manifestação de talentos, em especial os novos, como demonstra o expressivo número de estudantes adolescentes participantes, seja fruto do momento que vive o Brasil. A crise inspira o artista. Ele, como antenas da raça, proporciona capacidade para enfrentar objetivos sociais e psíquicos com grande antecedência. Cantar o porto e suas interações com a cidade é necessário. Em todo o mundo, a mudança do modelo de movimentação de cargas, com a introdução de novas tecnologias, vem reduzindo postos de trabalho. O antigo trabalhador braçal está ficando cada vem menos necessário nessa milenar atividade. A cidade é a primeira a sentir os reflexos da diminuição da massa salarial, refletindo no comércio. Uma reação em cadeias que se vê quando estabelecimentos comerciais começam a fechar suas portas. Desenvolver o gosto pela atividade portuária, liga as pessoas pelo sentimento ao processo da produção, distribuição e consumo das mercadorias que passam pelo porto e navegam pelos mares do mundo. A arte, através da poesia, permite essa leitura e expressão de descrições e afirmações. É como a luz que atravessa o prisma e se decompõe em cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul... Cada uma delas, estimulando um pensamento nos receptores ou espectadores, os poetas, para entrever o conjunto. Essa ampliação da presença do ser desenvolve a cultura. A cultura portuária, no sentido figurado, funciona no soltar e apertar parafusos e ajuda a construir novas idéias. Por exemplo, para a proteção do trabalhador diante do processo de automação. José Antonio Marques Almeida (JAMA) é engenheiro civil, pós-graduado em administração portuária e publisher do Portogente. |
Os poetas e o porto
- Detalhes
- Categoria: Artigos
powered by social2s
Deixe sua opinião! Comente!