Quando pensamos na cidade, logo imaginamos sua urbanização. Seus espaços, edificações e habitantes estabelecem entre si relações, as quais constituem a sua vida, que pulsa como o universo. No caso da cidade portuária, por causa do comércio internacional, ela se adapta e, também, regula outros lugares. Esse processo decorre como resposta à evolução, cada vez mais rápida, das tecnologias e das exigências de estruturas adequadas, para facilitar as trocas mundiais.
Estrategicamente, o objetivo é que esse desenvolvimento atenda igualmente aos interesses do comércio e da vida urbana. Assim, a cidade deve desenvolver estruturas para bem funcionar o porto e, também, para propiciar qualidade de vida aos seus habitantes. O porto tem que se constituir num forte fator econômico local. Seu crescimento deve refletir, direta ou indiretamente, por meio de riqueza e trabalho, na promoção da opulência da cidade portuária.
Modernidade e identidade como fatores determinantes para o desenvolvimento das cidades portuárias no mundo inteiro, constituirão a temática da 9ª Conferência Internacional Cidades e Portos, que ocorrerá em Lisboa, em julho de 2004. Dessa maneira, a Associação Internacional Cidades e Portos (AIVP), incentiva o diálogo porto-cidade, com vistas a garantir que esse processo também tenha referências culturais, valorize os conhecimentos adquiridos e preserve a natureza.
O Portogente abriu a seção Porto-Cidade para possibilitar esse debate sobre nossas questões. Participe e dê sua contribuição.
Dentro dessa linha, a coluna Jornal do Porto faz uma reflexão sobre a necessidade de se explorar os potenciais do Porto de Santos. Apesar do expressivo aumento na sua movimentação, por diversas razões, a cidade não tem experimentado o mesmo progresso. As conseqüências são percebidas no número de pessoas desempregadas e nas portas do comércio que se fecham.
José Antonio Marques Almeida (JAMA) é engenheiro civil, pós-graduado em administração portuária.