Segunda, 20 Mai 2024
O prédio foi construído em 1934, tem linhas clássicas, em estilo art déco, e possui duas entradas frontais, uma voltada para o Estuário e outra para a Praça da República.

Até 1549, as rendas das Capitanias Hereditárias não eram cobradas regularmente, por falta de uma infra-estrutura adequada, por isso, D. João III, rei de Portugal, determinou que se criassem no Brasil tantas alfândegas quanto necessário. Assim, quando Thomé de Souza aportou em São Vicente, em fevereiro de 1553, já encontrou estabelecida a Alfândega construída por Brás Cubas.

Em Santos foi fundada em 1550, pelo provedor-mor da Fazenda Real, Antônio Cardoso de Barros, que também implantara a primeira, na Bahia, e a segunda, em São Vicente. Em fevereiro de 69, a Alfândega de Santos passou a se chamar Delegacia da Receita Federal, mas a antiga denominação ainda vigora nas conversas informais. O primeiro prédio a abrigar a Alfândega santista ficava próximo ao de agora.

Em 1570, com o desenvolvimento do bairro do Valongo, passou a funcionar em um casarão da praia (cais), em frente à atual Rua Riachuelo. Depois esteve em vários outros locais: um barracão na rua que atualmente corresponde à Frei Gaspar; o antigo Colégio dos Jesuítas, na atual Praça Antônio Teles, demolido em 1877; um quartel militar; e um prédio inaugurado em 1880 exclusivamente para seu funcionamento.

Para a construção deste, o Tesouro Nacional firmou contrato em 1876 e os trabalhos foram supervisionados pelo engenheiro Manuel Ferreira Garcia Redondo, o mesmo que construiu o Teatro Guarani. Enquanto era erguido, a Alfândega permaneceu, provisoriamente, instalada em um armazém da Companhia Docas. Em 1930, foram iniciadas as obras do edifício atual, que já passou por ampla reforma em 83. À inauguração compareceram os então ministro da Fazenda, Artur de Sousa Costa, e da Viação (Transportes), Marques dos Reis.

A última reforma do prédio, iniciada em 1999, foi concluída em 27 de março deste ano. O suntuoso imóvel tem 13 mil m2.

As intervenções realizadas no imóvel não deixaram de lado os aspectos originais, mesmo com a descaracterização que se encontravam os afrescos e pisos, em razão da ação do tempo. Com cerca de R$ 8 milhões - verba do Governo Federal - foi possível recontruir seis portões, dois portais e 66 grades em ferro batido, com desenhos de folhas e frutos de café estilizados - concebido pelo serralheiro artístico Puccinelli, há 68 anos. Além destes, também os vitrais, grande chamariz interno do prédio, foram restaurados seguindo as formas originais.

O imóvel, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), ainda passou por intervenções em suas redes elétrica, hidráulica e mecânica e em pisos, revestimentos e esquadrias, e ganhou ainda melhorias que facilitam o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais.
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