Divertido, simpático e inteligente, Durval Discos, longa de estréia da diretora Anna Muylaert - em exibição no Posto 4 - conta a história de Durval (Ary França), um quarentão que parou no tempo: além de exibir um visual típico dos anos 70, ainda vive com a mãe em uma casa que também abriga a loja, onde só vende "bolachões". A rotina só é quebrada com a entrada dos clientes, alguns desavisados, outros fiéis compradores.
O tom ameno do filme muda quando Durval percebe as dificuldades que a mãe - vivida pela ótima Etty Fraser - enfrenta para cuidar da casa. Decide então contratar uma empregada. Durante a seleção, logo surge uma que, além de aceitar um irrisório salário (R$ 100 mensais), promete ser uma cozinheira de mão cheia. Como tal empregada ideal não existe, logo Durval e a mãe descobrem que a mulher (Letícia Sabatella) é uma seqüestradora e, ao desaparecer, deixa para trás justamente o fruto de seu rapto, uma menina de cinco anos, de família rica. Nesse momento, o filme, tal qual um disco antigo, entra em seu lado B.
Destaque para a trilha sonora. No lado A do filme ouve-se um repertório típico dos anos 70, com Novos Baianos, Jorge Ben, Rodrix, Sá e Guarabira, Luís Melodia e outros. Já na segunda parte, a tensão da trama é ressaltada pela trilha especialmente composta por André Abujamra.
Ainda no elenco, Marisa Orth, vendedora da loja de doces ao lado e Rita Lee, uma das compradoras de vinil. O Cine Arte fica na orla do Gonzaga, próximo ao canal 3. Sessões às 16h, 18h30 e 21 horas. Classificação: 12 anos. Ingressos: R$ 3,00. Informações e reservas pelo 3201-5031.
Fonte: Secretaria de Cultura de Santos (Secult)
