Quinta, 25 Abril 2024

1. Introdução

Em 1986 ocorreu o acidente nuclear mundialmente conhecido e que trouxeram impactos sentidos até hoje devido ao vazamento de conteúdo radioativo. O incêndio e o vazamento de radiação na usina ucraniana, na extinta União Soviética, com milhares de feridos e mortos, essa contaminação radioativa pode ser responsável por 1 milhão de casos de câncer nos 20 anos seguintes.

 

2. Os motivos do acidente

Acidentes nucleares são amplamente evitados todos os dias com rigorosas normas de segurança e aparelhos preparados para isso e que preveem falhas humanas. Entretanto, mesmo que haja todo esse preparo, a falha de resfriamento (que foi o que ocorreu) pode ser causado por erros humanos ou impacto de catástrofes naturais.
No dia do acidente, o reator estava parando para manutenção periódica anual, sendo assim, estavam sendo efetuados testes na parte elétrica com o reator funcionando à baixa potência.

Para que isso fosse possível, os condutores da operação desligaram o Sistema Automático de Segurança, caso contrário, o reator poderia parar automaticamente durante os testes, o que eles não desejavam. Se esse sistema automático existe, é por algum motivo: os reatores deste tipo não podem permanecer muito tempo com potência baixa, porque isso representa riscos muito altos. Ainda assim, mesmo sabendo disso, a operação continuou desta forma.

Os operadores da Sala de Controle do Reator, que não são treinados segundo as normas internacionais de segurança, não obedeceram aos cuidados mínimos, e assim, acabaram perdendo o controle da operação.

A temperatura aumentou bruscamente, o que fez com que a água dos tubos foi totalmente e rapidamente transformada em vapor, expulsa dos reatores. Houve, assim, uma explosão de vapor que arrebentou os tubos, os elementos combustíveis e os blocos de grafite.

A explosão foi tão violenta que deslocou a tampa de concreto e destruiu o teto do prédio, pois ele não foi construído para aguentar tal impacto. Com o reator aberto para o ambiente e como o grafite aquecido entra em combustão espontânea, um grande incêndio iniciou e arremessou grande parte do material radioativo que estavam presentes nos elementos combustíveis, danificados na explosão de vapor, o que gerou todas as catástrofes e marcas na História sobre o acidente.

 

3. Há risco de um acidente parecido ocorrer no Brasil?

Pouco provável. Na única usina nuclear que funciona em território nacional, localizada em Angra dos Reis – RJ, utilizam-se reatores do tipo Angra. A maior diferença entre o reator de Chernobyl e o do tipo Angra é devida ao fato de que esse Reator tem grafite no núcleo e não possui Contenção de aço.

A forma como ele é construído não traz a necessidade de um gerador de vapor com a finalidade de, obviamente, gerar vapor (o grande problema em Chernobyl). Esse tipo de reator também permite que o Sistema de Segurança, aquele sistema que desliga automaticamente, possa ser bloqueado e o Reator passe a ser operado manualmente, evitando que haja falhas humanas e técnicas. Sendo assim, fica claro que há uma grande diferença entre os termos de Segurança Ativa e Barreiras Passivas, entre o Reator do tipo Chernobyl e o reator do tipo Angra.

A própria Comissão Nacional de Energia Nuclear, localizada no Rio de Janeiro, resume que é impossível ocorrer um acidente de tal natureza nos reatores do tipo PWR (Angra), pelos seguintes motivos dados por eles: “O Sistema Automático de Segurança não pode ser bloqueado para permitir a realização de testes; os reatores PWR usam água que, diferentemente do grafite, não entra em combustão quando aquecida; os reatores PWR possuem uma Contenção de Aço e uma Contenção de Concreto em volta da Contenção de Aço; o Vaso de Pressão do Reator PWR é muito mais resistente e o Edifício do Reator (ou Contenção de Concreto) é uma estrutura de segurança, construída para suportar impactos, e não simplesmente um prédio industrial convencional, como o de Chernobyl.”

 

 

Saiba mais

Acidente Nuclear em Three Miles Island;

Enriquecimento de Urânio;

Energia Limpa;

Meio Ambiente Portogente: "Angra dos Reis não está prepara em caso de acidente nuclear";

Meio Ambiente Portogente: "Não se esqueçam de Fukushima".

 

 

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