É um projeto de modernização da matriz de transporte público e mobilidade urbana da Baixada Santista, no estado de São Paulo, gerenciado pela EMTU - Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos. Em sua primeira fase, cumprirá o trecho de 9,5km entre os terminais de Barreiros, na cidade de São Vicente e Conselheiro Nébias, na cidade de Santos, com 11 estações de embarque e desembarque ao longo deste percurso, com investimento calculado em mais de R$ 300 milhões em obras estruturais. Estão previsto ainda cerca de R$ 200 milhões destinados aos veículos e R$ 120 milhões aos sistemas de energia, telecomunicação, arrecadação, controle semafórico e dos VLTs.
Imagem: Melhor de Santos (via divulgação EMTU)
Mapa do VLT, com as estações já listadas
Benefícios do VLT
Em operação há anos em cidades da Europa, o VLT tem emissão zero de poluentes e circula ao nível das ruas, preservando o patrimônio histórico e colaborando para a revitalização urbanística. As novas estações construídas impulsionam a modernização do entorno, trazendo mais conforto e qualidade de vida. Além disso, ao balancear o tráfego, melhora de forma considerável a mobilidade urbana.
No caso da Baixada Santista, o VLT atenderá diretamente 70 mil usuários por dia, com intervalo médio de 3 minutos e meio entre os veículos. De maneira indireta, todos os 1,7 milhão de habitantes dos nove municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista vão usufruir dos benefícios do VLT, já que haverá menos ônibus em circulação, menos poluição sonora, além da redução do tempo gasto nas viagens entre os municípios, e a expectativa é de economia aproximada de R$ 20 milhões por ano em gastos, como acidentes e manutenção de viário.
O VLT da Baixada Santista apresentará características inéditas no mercado brasileiro, tais como ser o primeiro com tração elétrica, piso ao nível do chão, facilitando o deslocamento de usuários com dificuldades de locomoção, e será o único a operar com capacidade para 400 passageiros em cada composição.
Serão equipados com ar condicionado, luminárias de led, em um sistema que converte mais de 80% da energia em luz, espaço para cadeirantes e obesos, e portas de plataforma instaladas nas plataformas de embarque e que abrem de maneira sincronizada com as portas dos VLTs.
Veículos e segundo trecho
Foram adquiridos 22 veículos, que possuem 2,65m de largura por 44m de comprimento, velocidade média de 25km/h, com velocidade máxima de 80 km/h. O cronograma de entrega prevê que o 1º Veículo deve ser entregue em junho de 2014, com a entrega de todas as composições concluída até maio de 2015.
Imagem: G1/Reprodução TV Tribuna
Veículo que será utilizado para o transporte coletivo
O segundo trecho, Porto - Conselheiro Nébias - Valongo, terá dois terminais (Porto e Valongo), uma Estação de Transferência (Conselheiro Nébias), pátio de manobras no Porto e 14 estações de embarque/desembarque.
Com 5,6km e mais a extensão de 1,5km entre a Estação Conselheiro Nébias e o Porto, encontra-se em fase de licenciamento ambiental e as obras serão iniciadas assim que as licenças forem obtidas junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e à Cetesb. O investimento previsto em obras neste trecho é de R$ 250 milhões.
Com informações da EMTU.