Como todo país em desenvolvimento, o Brasil tem uma grande demanda reprimida de energia - mas os índices nacionais de perda e desperdício de eletricidade também são altos. O total desperdiçado, segundo o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), chega a 40 milhões de kW, ou a US$ 2,8 bilhões, por ano. Os consumidores - indústrias, residências e comércio - desperdiçam 22 milhões de kW; as concessionárias de energia, por sua vez, com perdas técnicas e problemas na distribuição, são responsáveis pelos 18 milhões de kW restantes.
Uma das soluções apontadas pelos especialistas para atender este déficit seria conter a demanda por meio de técnicas de conservação - que substituem tecnologia (máquinas, motores, sistemas de refrigeração e iluminação), incluindo o uso da água, por outras com maior eficiência energética e menor custo financeiro e impacto ambiental.
Assim, além de promover a substituição de insumos esgotáveis (combustíveis fósseis) e a redução da intensidade do uso de energia, qualquer política energética deve estimular a eficiência e o combate ao desperdício por meio de instrumentos de regulação - como a especificação de códigos com consumo máximo de energia em construções ou padrão de desempenho e melhorias em equipamentos para garantir a incorporação de novas tecnologias, mais eficientes, pelos fabricantes.
O Sebrae também mantém um programa de eficiência energética, voltado a pequenas e médias empresas. A iniciativa compreende a implantação de metodologias para desenvolvimento de projetos de eficiência no uso de energia em micro e pequenas empresas. Por meio dele, mostra-se como a empresa usa a energia, tornando possível identificar a necessidade de ações para racionalizar e otimizar o uso, além de reverter situações de desperdício.
As informações são do Ministério do Meio Ambiente e do Sebrae.