A região sul do Brasil tem visto importante evolução de investimentos no setor portuário. Somente em Santa Catarina estão em operação cinco terminais de contêineres: Itapoá, São Francisco do Sul, Navegantes, Itajaí e Imbituba. Nos estados vizinhos ainda há Paranaguá, no Paraná, com planos de expansão para 2013 e Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Enquanto Navegantes e Itapoá são terminais privativos de uso misto, os demais são terminais privativos em portos públicos. No conjunto concorrem entre si, tem vantagens competitivas e deficiências que impõem limites para a sua operação.
As distâncias geográficas, rodovias e ferrovias de acesso e o valor dos pedágios são itens importantes na composição do custo logístico para o uso de determinado porto. Mais importante ainda é a estrutura de armazéns de carga seca e frigorífica na retro área, além da estrutura de transporte e os despachantes e profissionais habilitados para trabalhar as cargas que chegam ou saem.
Há ainda o componente institucional: a comunidade portuária se envolve em resolver questões relevantes ou impeditivas do bom atendimento ao usuário e a atuação e agilidade no atendimento dos órgãos intervenientes.
Pela lógica do armador – operador ou dono do navio -, quanto menos escalas forem feitas para atender a uma região geográfica, mais eficiente torna-se sua operação. Se houver a possibilidade de atender a região sul com duas escalas ao invés de três, como historicamente vem fazendo, porque não fazê-lo?
Para o embarcador, a lógica segue no sentido da sua eficiência e melhor custo operacional com tendência a manter sua operação onde ela está funcionando. Já o importador tende a ser mais flexível, uma vez que o item portuário de maior custo para ele é a armazenagem. Com maior concorrência entre terminais, a armazenagem passa a ser item de negociação para a manutenção do cliente.
O embarcador e importador precisam do navio e o armador dos usuários do transporte marítimo. Os navios estão aumentando rapidamente de tamanho, os terminais novos estão conquistando seu espaço a olhos vistos o que deve refletir, ao apagar das luzes de 2012, em reduções de volumes nos portos de uso mais tradicional.
Por isso, a qualidade e agilidade no atendimento ao embarcador, importador e transportador rodoviário, os custos dos serviços prestados, a mobilização da comunidade para a agilidade nos serviços dos órgãos intervenientes, a produtividade no cais, a agilidade de entrada e saída do navio no porto, bem como os custos para a sua operação, são os novos ingredientes de diferenciação.