A resistência de uma embarcação em uma certa velocidade é fortemente modificada quando a navegação quando a navegação se dá em águas rasas, ou seja, quando há restrição de profundidade. Há alterações no escoamento potencial junto ao casco, devido ao aumento da velocidade da água, quando comparada com o escoamento em águas profundas. Maior velocidade leva a menos pressão e a acréscimos de afundamento, de trim (inclinação longitudinal) e de resistência ao avanço do casco. Ocorre também uma variação sensível do trem das ondas gerado pela embarcação. Em águas muito rasas, há uma sucção do material do fundo do leito da via navegável, gerando turbidez no local da água.
Interferência ambiental
No caso de navegação em águas rasas, em áreas que sejam abientalmente sensíveis, podem ocorrer preocupações com interferência ambiental da passagem de embarcações. Neste caso, devem ser quantificados os graus de suspensão de sedimentos que possam causar danos as plantas aquáticas e a peixes. Como suspensão de sedimentos se mantém à custa da turbulência, é muito importante a quantidade de embarcações que passam pelo mesmo trecho de águas rasas. Se a frequência for tal que mantém a suspensão de sedimentos na água por longos períodos, o problema ambiental local é mais severo do que uma situação onde existe tempo de decantação do material suspenso entre as passagens (mais espaçadas entre si) de duas embarcações. Geralmente, há necessidade de redução de velocidades de navegação em águas rasas para minimizar possíveis interferências ambientais.
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