Nicolo Cervetto nasceu na cidade de Pietra Ligure, Gênova, na Itália, em julho de 1887. Em 1902, aos 15 anos de idade, iniciou a carreira marítima, em veleiros, desempenhando a atividade de marinheiro de convés. Em 1923, Cervetto recebeu a patente de capitão-de-longo-curso da marinha mercante italiana, onde participou de numerosas operações de transporte naval, no decorrer da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), de forma mais notável na evacuação de prisioneiros austríacos para portos italianos do Mar Adriático. Por esse fato, recebeu, do então Governo Real, a condecoração da Cruz de Guerra e a patente de tenente da Marinha de Guerra da Itália. Após o término do conflito, Nicolo Cervetto resolveu transferir-se, em 1922, para o Brasil, fixando residência na Rua Sampaio Moreira, no bairro do Embaré, em Santos, onde residiu até 1956. Como comandante, serviu durante vários anos nos navios cargueiros da Sociedade Paulista de Navegação Matarazzo (SNPM). Casou-se com Gerolama Piantato, com quem teve três filhos: Angela (1924), Giovanni Batista (1926) e Caterina (1928). Serviu na SNPM durante dez anos, até 1932, entrando no mesmo ano na Praticagem de Santos como prático, função que manteve por 24 anos, até o ano de 1956. Vale ressaltar que Cervetto foi prático peferencial das armadoras SNPM, Italia di Navigazione, Linea C e Messageries Maritimes. Ao fim de sua carreira de prático, tendo já recebido a comenda da Ordem de Cavalheiro do governo italiano, passou a morar no Balneário do Guarujá, já nomeado Cônsul Honorário da Itália, vindo a falecer e ser sepultado nessa localidade em março de 1973, aos 86 anos de idade.
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